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Pesquisadores estão a um passo de criar vida sintética
Pesquisadores do Instituto Venter, em
Rockville, Estado de Maryland, nos Estados Unidos, completaram a segunda
fase - de um total de três - para criar vida sintética. Craig Venter, o
empresário-cientista que fundou o instituto e começou a corrida para
mapear o genoma humano, anunciou o feito na quinta-feira, de acordo com
a USAToday.com.
O time de pesquisa obteve sucesso em criar uma cópia gerada por
humanos do genoma de uma bactéria pela primeira vez. O genoma é um
conjunto de DNA completo no cromossoma de um organismo vivo, um conjunto
de instruções para como este organismo funciona.
Apesar de conseguirem fazer uma cópia do genoma de um organismo
existente, ainda não foi possível criar um completamente novo. Em outras
palavras, eles conseguiram escrever um software para a bactéria, mas
ainda não descobriram como ligá-lo para ela viver.
Uma vez que isto seja possível, abre-se uma porta para criar sob
encomenda organismos que fazem coisas que organismos naturais não fazem,
como plantas que consomem grandes quantidades de carbono, micróbios que
transformam grama em combustível e bactérias que comem açúcar e produzem
remédio.
Alguns pesquisadores acreditam que isso está muito distante. "Estes
caras não sintetizaram uma nova forma de vida", diz Jim Collins,
professor de engenharia biomédica da Universidade de Boston. A ciência
ainda está distante de entender o que comanda a vida.
Mas existe uma preocupação: uma vez que esta tecnologia se tornar
popular, pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal.
Redação Terra
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