Reuters
SÃO PAULO - O Yahoo! tenta
angariar o apoio dos acionistas
à sua chapa para o conselho
administrativo e à manutenção do
atual comando da empresa.
Isto ocorre em meio a uma
disputa pelo comando do grupo
com o bilionário Carl Icahn,
alegando que o investidor havia
delineado um "plano mal
definido" para o futuro do
grupo. O CEO Jerry Yang tenta
manter o atual conselho de
diretores no poder.
O Yahoo! detalhou seus
motivos para rejeitar a oferta
de 47,5 bilhões de dólares
apresentada pela Microsoft para
sua aquisição, e argumentou que
as táticas de negociação da
gigante de software causaram
dúvida sobre a seriedade de seus
esforços de tomada de controle,
de acordo com uma apresentação
aos investidores encaminhada à
Securities and Exchange
Commission (SEC) dos Estados
Unidos.
Icahn apresentou uma chapa
concorrente para a composição do
conselho, e apelou pela demissão
do co-fundador e
presidente-executivo da empresa,
Jerry Yang, antecipando-se à
reunião anual de acionistas,
marcada para 1 de agosto.
Ele afirmou que o grupo de
Internet deveria se colocar à
venda, ainda que a Microsoft
tenha alegado que uma aquisição
plena já não a interessa.
"Icahn está descrevendo
incorretamente a maneira pela
qual negociamos com a
Microsoft", afirma o Yahoo em
sua apresentação aos
investidores. "Nosso conselho
continua a ser o melhor e o mais
qualificado grupo para maximizar
o valor da empresa para os
acionistas do Yahoo".
A empresa adotou tom
semelhante em carta aos
acionistas, na semana passada.
Diversos grandes investidores do
Yahoo afirmaram, na sexta-feira,
que não estavam certos se
apoiariam ou não Icahn em seu
esforço de assumir o comando da
empresa. Entre eles estava a
Legg Mason Capital Management, a
terceira maior investidora
institucional no Yahoo.
No começo do mês, o Yahoo
rejeitou uma proposta
alternativa da Microsoft que
envolveria a aquisição somente
de suas operações de busca e de
uma participação de 16 por cento
na empresa por nove bilhões de
dólares, além de pagamentos
anuais pela publicidade.
Em lugar disso, seus
dirigentes fecharam um acordo
não exclusivo com o Google, um
rival de maior porte, sobre a
publicidade vinculada a buscas,
que segundo o Yahoo elevará em
450 milhões de dólares o seu
fluxo operacional de caixa no
primeiro ano de vigência, e
permitirá que ela reforce outras
parcerias geradoras de caixa.