Empresas correm risco de perder mais de US$ 1 trilhão por roubo de dados e outros tipos de
cibercrime, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira pela empresa de tecnologia de segurança
McAfee.
A empresa sediada na Califórnia divulgou a pesquisa depois de detectar uma rápida aceleração na divulgação de softwares maliciosos, ou malware, no ano passado, disse o presidente-executivo, David DeWalt, à agência Reuters.
A disseminação desse tipo de malware cresceu 400% em 2008, segundo o executivo.
"Este é um tipo muito traiçoeiro de software que é projetado tanto para roubar seus dados, sua identidade, roubar seu dinheiro e, em muitos casos, a escala e o grau de sofisticação são alarmantes", afirmou DeWalt em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial.
A pesquisa com 800 empresas em oito países mostrou que 80% dos malwares têm por objetivo um ganho financeiro, em contraste com os vírus e worms tradicionais, que causam apenas aborrecimento.
Na pesquisa, 42% das companhias disseram que empregados demitidos eram a maior ameaça à segurança de seus dados.
O aumento e a disponibilidade de sistemas de armazenamento removíveis, como os telefones celulares, laptops e pendrives, tornaram o roubo de dados mais fácil.
DeWalt afirmou que a pesquisa mostra que as companhias têm, em média, US$ 12 milhões em dados armazenados fora do seu país sede, normalmente em países com fracas leis de propriedade intelectual.
Dados perdidos acidentalmente ou roubados podem ser custosos de recuperar ou prejudiciais à reputação da companhia e à sua marca.
Em abril do ano passado, a varejista norte-americana TJX informou que pagaria até US$ 24 milhões como parte de um acordo com a MasterCard sobre uma falha de segurança que colocou em risco dados de cartões de crédito de milhões de consumidores.
O governo britânico tem sido repetidamente constrangido por perdas de dados, como quando a autoridade fiscal HM Revenue and Customs perdeu informações de 25 milhões de pessoas, expondo-as a risco de roubo de identidade e fraude.
Reuters