A acusação conseguiu demonstrar que
Schiefer foi o responsável por infectar
ao menos 100 mil computadores. O
objetivo principal do cracker era obter
dados bancários, números de cartões de
crédito e contas de paypal, que permitem
a transferência de dinheiro pela
internet.
Apesar de furtar dados de
centenas de pessoas, Schiefer teve tempo
de aplicar poucos golpes e causou
prejuízos a poucos internautas. Por este
motivo, o juiz responsável decidiu
aplicar uma multa baixa, de US$ 2,5 mil,
apenas o suficiente para cobrir custos
judiciais e compensar empresas de
cartões que, ao fim do processo, tiveram
que ressarcir seus clientes crackeados.
O período de detenção, porém, foi
considerado duro pela defesa. O juiz
optou por quatro anos em função da
periculosidade do jovem. Segundo a
sentença, o cracker só não desviou mais
dinheiro porque foi detido antes.
A acusação, no entanto, havia pedido
uma pena bem maior. Os promotores pediam
que John ficasse 60 anos preso pelos
crimes online. Segundo a promotoria,
penas mais duras inibiriam que mais
jovens embarcassem na aventura de ficar
rico roubando dinheiro pela internet.