"Para os grupos extremistas de nossa
região, a Internet é uma ferramenta
importante de recrutamento para a
violência," afirma o relatório do
Australian Strategic Policy Institute e
da S. Rajaratnam School of International
Studies, em Cingapura.
"O mais
importante é que eles não atacam apenas
o Ocidente, mas ampliaram sua campanha a
fim de minar governabilidade das nações
da região", afirma o relatório,
intitulado "Countering internet
radicalization in Southeast Asia"
(www.aspi.org.au/)
O relatório afirma que o extremismo
apareceu online pela primeira vez no
Sudeste Asiático no começo de 2000,
especialmente no ambiente das redes em
indonésio, bahasa e malaio.
Desde então, o uso de Internet na
região explodiu, e o mesmo se aplica aos
chats, sites e blogs dos extremistas.
O número de sites extremistas em
bahasa e malaio subiu de 15 em 2007 a
117 em 2008. Deles, o número de sites
simpáticos a causas extremistas subiu de
10 para 16 e o de blogs e redes sociais
simpáticas a essas causas de zero para
82.
Entre 2006 e julho de 2007, sites
regionais radicais disseminaram vídeos,
fotos e comunicados de propaganda da Al
Qaeda e do grupo militante Jemaah
Islamiah, do Sudeste Asiático, informa o
relatório.
Na Indonésia, que vem enfrentando
grupos extremistas islâmicos
responsáveis por atentados a bomba, o
uso da Internet subiu de dois milhões de
pessoas em 2000 a 20 milhões em janeiro
de 2008.
O país agora tem entre 80 por cento e
90 por cento dos visitantes a sites
radicais e extremistas da região,
informou o relatório.
As Filipinas, onde existe uma
insurgência muçulmana, viu ascensão no
número de usuários de Internet de dois
milhões em 2000 a 14 milhões no ano
passado; na Malásia o crescimento foi de
3,7 milhões para 14,9 milhões; e na
Tailândia de 2,3 milhões para 8,5
milhões no mesmo período.