Quando o engenheiro turco Orkut Buyokotten criou o site para se comunicar com outros desenvolvedores do Vale do Silício, em 2004, talvez, não imaginasse que tantos romances fossem surgir pela plataforma.
Na mesma pesquisa encomendada pelo Google para saber mais sobre as redes sociais no país, em abril deste ano, 53% dos entrevistados responderam que o namorado ou namorada estavam no orkut. O índice de ex-namorados e ex-namoradas no orkut é um pouco menor: 49% do total.
As comunidades com dizeres de “Conheci meu namorado no orkut”, ou “Conheci meu amor no orkut” estão espalhadas pela rede. São pelas agregações por interesses comuns, aliás, que a maioria das relações se inicia.
Felipe Mattos, um dos que conheceu sua namorada pela rede social, entrou numa comunidade para conhecer pessoas que morassem perto de sua cidade natal, Águas de Lindóia. A partir daí, manteve o relacionamento pela internet, marcou um encontro e está com ela até hoje.
Alguns jogos amorosos são quase fulminantes, como o caso de uma garota descrito em uma das comunidades relacionadas a relacionamentos virtuais: “Ele criou um tópico na comunidade e eu respondi. Daí ele me deixou um scrap e eu respondi, trocamos MSN e algumas semanas depois nos encontramos”.
As autoridades de segurança alertam para os riscos de sair com uma pessoa conhecida pela web. Não são poucos os casos de crimes pelo país. Em 2007, a polícia do Pará investigou um assassino em série que escolhia as vítimas no orkut. No mesmo ano, uma mulher de 43 anos foi morta, depois de marcar um encontro com um jovem pela rede social.