Usando aparelhos de
raio X de última geração, muitos deles
emprestados de hospitais e órgãos policiais, o
artista britânico Nick Veasy cria imagens
fotográficas impressionantes, que podem custar
milhares de dólares devido aos altos custos de
produção.
Os altos custos começam com o
próprio estúdio do artista, em Berkshire, no
sudeste da Inglaterra. Segundo informações do
jornal britânico Telegraph, Veasy
trabalha dentro de uma sala totalmente revestida
de chumbo, a fim de se proteger da
radioatividade dos aparelhos.
Fotógrafo publicitário atuante em Londres,
Veasy conta que teve a idéia de usar os
aparelhos de raios X quando estava fotografando
adereços para um programa de televisão. Para
ele, seu trabalho serve para questionar a
obsessão contemporânea com a imagem e a beleza.
"Eu gosto de desafiar o modo automático com
que reagimos à aparência física externa,
realçando a beleza interior das coisas, muitas
vezes surpreendente", disse ele em declaração ao
Telegraph.
Algumas das imagens, de dimensões enormes,
como a reprodução de um ônibus lotado de
pessoas, foram feitas com aparelhos de raio X
industriais. A imagem do ônibus,
especificamente, foi realizada com um aparelho
emprestado da polícia de fronteira
norte-americana, normalmente utilizado para
revistar automóveis.
E as imagens dos passageiros foram feitas
separadamente, com o corpo de apenas uma pessoa
em diferentes posições, que, posteriormente,
foram digitalizadas e posicionadas dentro da
imagem do ônibus vazio.
Nick Veasey possui um livro publicado com
suas fotos, chamado simplesmente X-Ray, e
seus últimos trabalhos serão exibidos na galeria
Maddox Arts, em Londres, na Inglattera, de 30 de
outubro de 2009 a 10 de janeiro de 2010. O
fotógrafo também apresenta seu trabalhos no site
www.nickveasey.com.
Redação Terra