A respiração de
pacientes de câncer de
pulmão difere da de
pessoas saudáveis por
conter maiores
concentrações de
parafinas e outros
compostos orgânicos
voláteis. Pesquisadores
sabiam disso há anos e
tentaram desenvolver
sistemas de análise de
respiração capazes de
identificar a doença,
como alternativa às
tomografias
computadorizadas.
Os
sistemas tendiam a ser
dispendiosos e a
requerer equipamentos e
técnicas complicados
para concentrar os
compostos no nível
detectável. Gang Peng,
do Instituto de
Tecnologia de Israel, em
Haifa, e seus colegas
agora desenvolveram o
que dizem ser um sensor
portátil barato e capaz
de distinguir
rapidamente entre a
respiração de pacientes
de câncer pulmonar e
pessoas saudáveis.
O sensor, descrito em
estudo para a Nature
Nanotechnology,
utiliza minúsculas
partículas de ouro, com
cinco bilionésimos de
metro de diâmetro,
coroadas por compostos
orgânicos selecionados
por sua capacidade de
reagir com quatro
compostos voláteis
encontrados em
concentrações elevadas
na respiração de
pacientes de câncer do
pulmão.
Quando as partículas
são depositadas sobre
uma fina película entre
eletrodos gêmeos, agem
como resistor elétrico.
Os pesquisadores estão
desenvolvendo o sistema,
e dizem que abordagem
semelhante pode
funcionar também para o
diagnóstico de outras
doenças.
Tradução: Paulo
Migliacci ME
The New York Times