O sistema, que
ainda é um teste, previu com grande
precisão os pensamentos em uma situação
controlada: acertou qual de três filmes
exibidos estava “na cabeça” das pessoas.
Para ver como as memórias são gravadas, os pesquisadores mostraram a 10 voluntários três filmes curtos de apenas sete segundos cada e pediram que eles memorizassem o que viram. As tramas eram bem simples, com muitas características em comum, e mostravam uma mulher realizando tarefas do dia-a-dia: colocando uma carta no correio, jogando um copo no lixo e pegando uma bicicleta.
Os voluntários tiveram que se lembrar dos filmes, um de cada vez, enquanto passavam dentro de um scanner fMRI – ou ressonância magnética funcional. Esse equipamento grava a atividade cerebral medindo as mudanças de fluxo sanguíneo no cérebro.
O algoritmo criado na universidade se encarregou de estudar os padrões e identificou em 45% das vezes qual filme cada voluntário tinha em mente - uma porcentagem muito maior do que alcançada pelo simples "chute". Os resultados dão pistas sobre a formação da nossa memória, sugerindo que ela é gravada em padrão regular.
O foco do estudo foi o lóbulo médio temporal, em especial o hipocampo, região que, isolada, permitiu as análises mais precisa do programa.