De acordo com o site The Register o consultor de segurança da empresa Trent Micro, Rik Ferguson, diz que embora as vitórias em relação às botnets sejam significativas, isso não impede o crescimento dos malwares, dos spams ou do roubo de informações. Para ele, a guerra contra os crimes virtuais só será vencida se existir uma cooperação mais estreita entre os governos e as agências destinadas a aplicação e controle das leis, numa base contínua e não operacional, como de costume.
Ferguson afirma que a participação dos provedores de internet é fundamental no combate aos criminosos. "Não estou convencido de que estamos vencendo esta guerra. Ainda precisamos que mais organizações, como os provedores de acesso e de conteúdo, estejam dispostas a identificar os computadores afetados, colocando-os em quarentena e informando os clientes desta operação."
O consultor ainda diz que há também a necessidade de uma unificação das leis já existentes: "Há países em que não é ilegal a prática de atividades que consideramos criminosas, em outros, as leis estão desatualizadas ou diferem muito de um país para outro. Não há uma harmonização. Quando encontrarmos essa harmonia, vai ser mais fácil de processar e aplicar leis comuns, que não dependem das fronteiras geográficas".
Além do medo tradicional de que o hacker obtenha informações do próprio usuário, invasões a computadores domésticos - e, pelo visto, a servidores também - estão sendo usadas pelos cybercriminosos para um mal maior.
As Botnets são redes formadas por computadores infectados por vírus especiais capazes de torná-los "zumbis". Uma vez infectado, um zumbi pode ser controlado à distância por pessoas ou organizações criminosas.
Todos os zumbis podem ser controlados ao mesmo tempo e de forma coordenada, formando um exército controlado por uma única pessoa. Isso pode ser usado para enviar spam com abrangência global e até mesmo para atacar a infraestrutura de internet de países inteiros. Botnets famosas têm um elevado número estimado de zumbis. A Storm network, por exemplo, controla cerca de 80 mil computadores, enquanto o recente Conficker infectou algo em torno de 15 milhões de máquinas.