"O
livro
digital
pode
trazer
uma
contribuição
formidável
para
a
sociedade
na
medida
em
que
o
livro
se
torne
mais
acessível
às
massas",
explicou
o
diretor
do
Observatório
do
Livro
e da
Leitura,
Galeno
Amorim
durante
o
encerramento
do
1º
Congresso
Internacional
de
do
Livro
Digital
no
Brasil,
realizado
em
São
Paulo.
Porém, a nova tecnologia ainda desperta incertezas no mercado. O gerente de Comunicação e Serviços da Câmara Brasileira de Livros (CBL), Nilson Hashizumi, disse que mesmo com o crescimento deste setor (em 2009 foram vendidos 333 milhões de exemplares, representando um volume de R$ 3,3 bilhões) os editores de livros estão receosos sobre o futuro da leitura digital.
"De um modo geral, os editores temem que com o mercado de livros aconteça o mesmo que ocorreu com o mercado fonográfico", disse Hashizumi. Para Galeno, o livro digital "traz riscos, mas também oportunidades de negócios". "A crise econômica ajudou os livros digitais na Califórnia, por exemplo: o governo decidiu só comprar livro digital para economizar", disse.
Galeno explicou que o comércio digital não se resume às livrarias. "As bibliotecas também serão digitalizadas e estes espaços tendem a se tornar centros de cultura. Este novo advento não significa que será o fim do livro em papel".