À medida que o site Groupon caminha para uma possível oferta inicial de ações (IPO) neste ano, terá de convencer que pode sobreviver a ataques violentos de rivais, incluindo o Facebook, ansioso por entrar no ramo do negócio de compras online coletivas.
O presidente-executivo do Groupon, Andrew Mason, disse em janeiro que estava conversando com bancos sobre um IPO, e a Bloomberg noticiou nesta quinta-feira discussões que poderiam atribuir um valor de até US$ 25 bilhões para a companhia. Mas uma fonte a par do assunto disse que o site, que oferece descontos diários para restaurantes e varejistas para compras em grupo, disse que é improvável uma valorização tão alta logo após a empresa ter descartado uma oferta de US$ 6 bilhões do Google feita em dezembro.
"Não tem como haver uma diferença de US$ 19 bilhões nesse meio tempo", disse a fonte. "As perspectivas dos negócios mudaram o suficiente em dois meses e meio para sugerir uma diferença de US$ 19 bilhões de dólares que seja compreensível? Eu não acredito", acrescentou.
A valorização inflada do Groupon acontece em meio a investidores desesperados por comprar uma fatia de sites de capital fechado no mercado secundário antes que eles sejam listados em bolsa. O Groupon se recusou a fazer comentários.
A decisão sobre a realização do IPO ainda não foi tomada, disse a fonte, reafirmando comentários do presidente-executivo do Groupon no final de janeiro. O Groupon diz estar colhendo lucro desde junho de 2009, mas não revela seus demonstrativos de resultado. Em 2010, a empresa teve US$ 760 milhões, segundo o Wall Street Journal. O site, que terminou 2009 com 1,8 milhão de assinantes, iniciou 2011 com 50 milhões e agora tem 70 milhões de usuários em 500 mercados de 45 países.