Criadas há mais de quatro anos, as comunidades de planking
ganharam popularidade há poucos meses e as fotos em
“situação de prancha” tornaram-se cada vez mais ousadas, a
fim de despertar maior atenção e, consequentenente, ganhar
mais cliques no botão curtir.
Em entrevista à TV
australiana ABC, as autoridades policiais de Queensland
atribuíram ao planking a morte do estudante Acton Beale, 20,
na madrugada de domingo para segunda. Acton foi encontrado
caído no piso de um prédio após despencar sete andares. De
acordo com testemunhas citadas pela polícia local, o jovem
tentava equilibrar-se em um parapeito com apenas cinco
centímetros de espessura para obter uma foto de planking
quando levou um tombo.
O caso comoveu a Austrália e, nesta segunda-feira, foi
tema até de discursos no parlamento local. Autoridades
australianas pediram que o Facebook elimine as comunidades
que fazem apologia a práticas perigosas à vida humana.
A própria primeira-ministra do país, Julia Gillard, foi a
público criticar o Facebook e pedir moderação aos jovens do
país. “Todos gostamos de um pouco de diversão. Mas é preciso
ter claro que o limite para qualquer brincadeira é manter a
vida humana protegida”, disse Julia a um grupo de
jornalistas.
As críticas ao planking, no entanto, parecem fazer
aumentar a popularidade do jogo no país. A principal página
de promoção à brincadeira no país, que tinha 90 mil fãs
antes do acidente com o jovem Acton, saltou para 147 mil
fãs.