Os grupos hackers Anonymous e LulzSec divulgaram um
comunicado conjunto nesta quinta-feira em resposta
às prisões de 20 integrantes dos dois grupos em três
países na terça-feira. A nota foi dirigida ao FBI,
que prendeu 14 hackers do Anonymous nos Estados
Unidos pelos ataques ao PayPal no ano passado. "Suas
ameaças de prisão não fazem sentido para nós, pois
vocês não podem prender uma ideia. Não há nada,
absolutamente nada, que possam fazer para nos
parar", diz a nota.
Na resposta às detenções, os
grupos listaram o que consideram "inaceitável" na
internet. "Governos mentirem para seus cidadãos e
induzirem o medo e o terror para mantê-los sob
controle" e "corporações ajudando a conspirar com os
governos", escreveram. As declarações foram
dirigidas a Steven Chabinsky, diretor do FBI
responsável pela investigação dos cibercrimes, que
afirmou, após as prisões, que o "caos na internet é
inaceitável". "Os hackers podem acreditar ter causas
sociais, mas é totalmente inaceitável incadir sites
e cometer atos ilícitos", disse.
"Esses governos e corporações são o nosso inimigo. E
vamos continuar a combatê-los, com todos os métodos
que temos à nossa disposição, e que certamente
incluem invadir seus sites e expor suas mentiras",
disseram os grupos no comunicado.
Na terça-feira, policiais dos Estados Unidos,
Grã-Bretanha e Holanda prenderam mais de 20 pessoas,
como parte de uma investigação sobre ataques
cibernéticos de grande porte. A maioria das
detenções ocorreu nos EUA, onde o FBI disse ter
colocado sob custódia 16 suspeitos de hackear
computadores. Catorze dessas pessoas são suspeitas
de ter participado do ciberataque contra o sistema
de pagamentos online PayPal, reivindicado pelo grupo
hacker Anonymous.
Terra