"Os outros tablets, que não sejam o iPad, simplesmente não
vendem no varejo. Essa é a mensagem clara dos acontecimentos
dos últimos dias," disse Mark Gerber, analista da empresa de
pesquisa e investimento Detwiler Fenton.
Outros tablets
que não conseguiram conquistar os consumidores incluem o Eee
Pad Transformer, da Asustek, e o Xoom, da Motorola Mobility,
que o Google planeja adquirir.
O PlayBook, da Research in Motion, recebeu críticas muito
negativas e tem registrado vendas fracas, mas provavelmente
sobreviverá porque desempenha papel crucial na estratégia da
empresa.
"Não antecipo que a RIM cancele o PlayBook em breve ou
abandone essa plataforma, porque a empresa considera o
produto como seu futuro," disse Collin Gillis, analista da
BGC Financial.
Os rivais da Apple também não se saíram bem ao criar
software para tablets.
O software iOS, da Apple, respondeu por 61,3 por cento do
segmento no segundo trimestre, mais que o dobro dos 30 por
cento detidos pelo Android, do Google, seu concorrente mais
próximo. A Microsoft tinha apenas 4,6 por cento e a RIM, 3,3
por cento, de acordo com a Strategy Analytics.
Mas o cenário pode mudar em breve. A decisão do Google de
adquirir a Motorola Mobility, anunciada na semana passada,
torna mais difícil a situação para a Apple, porque oferecerá
à maior companhia de Internet aparelhos em que será possível
exibir seu software com destaque --exatamente como a Apple
faz.
As atenções agora estão voltadas ao novo modelo do Google,
que une o software para smartphones e tablets, o que deve
encorajar programadores a optar pela plataforma e criar
aplicativos melhores. A Microsoft também pode se provar uma
ameaça ao lançar o Windows 8, seu software para tablets, mas
isso não deve acontecer antes do final de 2012.