Mas em lugar disso encontrou uma burocracia muito lerda, do
lado governamental, que causa séria frustração aos hackers
que tentam decifrar a incompreensível pilhas de formulários
a serem preenchidos, em um processo que demorou meses no
caso dele.
Assim, na mais recente tentativa de atrair
pessoal experiente em segurança cibernética para os quadros
do governo, a Darpa lançou o programa "Cyber Fast Track",
que tem por objetivo eliminar os obstáculos burocráticos
para os hackers que desejem fundos para projetos que
ajudarão o Departamento de Defesa dos EUA a proteger suas
redes de computadores.
Criar mudança em uma burocracia governamental é
"insanamente difícil" porque os governos estão acostumados a
operar de certa maneira, disse Zatko.
Ele decidiu que era hora de começar a financiar o
trabalho de hackers e de pequenas companhias de segurança na
computação, e "tornar efetivamente fácil para eles concorrer
por verbas de pesquisa do governo diante dos grandes
fornecedores acostumados a atendê-lo".
Uma das questões cruciais para os hackers que se envolvem
em projetos para o governo, a da propriedade intelectual
comercial sobre seus projetos, foi resolvida em favor deles,
e deterão o controle comercial sobre suas criações mesmo que
as forneçam ao Departamento da Defesa.
Zatko disse a uma audiência de especialistas em segurança
e tecnologia, na conferência Black Hat em Las Vegas, que de
20 a 100 projetos desse tipo serão bancados a cada ano, e
que o prazo para obter um contrato será reduzido a duas
semanas, muito rápido pelos padrões do Pentágono.
Ele não disse quanto dinheiro seria investido nos
projetos, e um porta-voz da Darpa não respondeu de imediato
a pergunta enviada por email sobre o assunto.