Cálculo precisoO principal objetivo da equipe é
construir
biocomputadores que detectem moléculas que contenham informações
importantes sobre o bem-estar das células e processem essas informações
para direcionar a resposta terapêutica apropriada quando a célula
encontrada for anormal.
Agora, pela primeira vez eles criaram um "circuito" sintético
multi-gene, cuja tarefa é distinguir entre o câncer e as células
saudáveis e, posteriormente, induzir as células-alvo a se destruírem -
sem a aplicação de nenhuma droga quimioterápica, por exemplo.
Os cientistas testaram a sua "rede genética" em dois tipos de células
humanas cultivadas em laboratório: células do câncer cervical, chamadas
de células HeLa, e células normais.
O biocomputador genético identificou e causou a destruição das
células HeLa, mas não afetou as células saudáveis.
O circuito faz uma identificação positiva apenas quando todos os
cinco fatores específicos do câncer estão presentes na célula,
resultando em uma detecção do câncer de alta precisão.
Os pesquisadores esperam que o desenvolvimento possa servir de base
para tratamentos anti-câncer muito específicos, embora o computador
biológico sintético ainda esteja longe de poder ser testado em humanos.
Ficção científica possível
A seguir, a equipe pretende testar essa computação celular - filha de
uma área emergente de pesquisas conhecida como biologia sintética - em
um modelo animal.
Pode parecer ficção científica, mas Benenson acredita que isto é
viável.
Talvez viável, mas não fácil: ainda existem problemas difíceis de
resolver como, por exemplo, a inserção de genes estranhos em uma célula
de forma eficiente e segura.
"Estamos ainda muito longe de um método de tratamento totalmente
funcional para humanos. Este trabalho, entretanto, é um primeiro passo
importante que demonstra a viabilidade de um método seletivo de
diagnóstico ao nível de uma célula individual," disse Benenson.
Inovação Tecnológica