Imagens do que seria a compilação 8220 do Windows 8
foram publicadas pelo site chinês PC Beta. Essa versão
do sistema é supostamente anterior à que vai ser
distribuída como Consumer Preview (esse é o nome do
beta) no final deste mês. Até o momento, não há ainda
uma data estabelecida.
Uma das revelações dessas telas
é o desaparecimento do botão Iniciar e do menu homônimo.
Não se sabe o que ficará no lugar para cumprir as
funções desses itens. A versão para desenvolvedores,
apresentada em setembro, deu pistas de como será a cara
do sistema, marcada especialmente pela nova interface
Metro. Técnicos e usuários mais curiosos puderam
experimentar essa versão preliminar. Creio que a grande
interrogação que ficou refere-se à integração entre a
interface Metro e o formato tradicional do Desktop, com
o qual já estamos acostumados desde o Windows 95.
PERGUNTAS
Dezenas de perguntas podem ser feitas em torno desse
ponto. Se o sistema põe o foco na interface Metro, como
a MS fará para não desmotivar quem ainda vai precisar,
por muito tempo, usar os aplicativos tradicionais? Na
mesma linha: como acomodar aplicações escritas
tipicamente para tablets com outras mais ajustadas para
o desktop?
Aparentemente, as aplicações para celulares e tablets
são diretas e ligeiras: destinam-se a executar um número
relativamente reduzido de funções. Um programa como o
Excel ou o Photoshop, tal como os conhecemos hoje, tem
de ter, naturalmente, dezenas, centenas de comandos e
opções porque vão executar tarefas complexas. Tanto que
até admitem a programação de macros para automatizar
atividades complicadas e repetitivas.
Dá para imaginar alguém com um tablet montando uma
simulação financeira sofisticada? Acho que não. Mesmo no
caso de um Word para tablet, só consigo vislumbrá-lo
para tarefas que não vão muito além de produzir o texto.
Formatações requintadas, macros e soluções do dia a dia
como malas-diretas, consultas a bancos de dados, tudo
isso fica fora. Minha visão, admito, pode estar muito
calcada na experiência do desktop. Mas, como ensina o
mestre Marshall McLuhan, o tablet é um meio diferente do
destop. Então, dá para desconfiar que a mensagem dele
tende a ser também diferente.