Por Camila Lam, de EXAME.com
São Paulo – Alguns pensamentos são recorrentes quando o assunto é conselhos
de carreira. Como você só conseguirá crescer profissionalmente sendo indicado
por alguém e, para conseguir um cargo melhor é indispensável ter experiência
internacional em uma universidade renomada.
Entretanto, é preciso cuidado para não se apoiar nestes mitos e sustentar
mentiras que podem atrapalhar a sua ascensão profissional. Confira abaixo alguns
conselhos e as observações de especialistas:
Trabalho é trabalho, não é para ser agradável
“O trabalho tem que estar de acordo com o que você pensa e quer de sua vida”,
afirma Sílvio Celestino, sócio-fundador da Alliance Coaching.
Gerson Correia, sócio da Talent Solution, diz que é possível se divertir no
trabalho e ao escolher trabalhar com o que você gosta você consequentemente
produzirá mais e se sentirá renovado diariamente.
Sem puxar saco, você não chegará a lugar nenhum
“As pessoas confundem bajulação com fazer marketing profissional”, afirma
Correia. Falar sobre assuntos que não tenham relação com a sua competência
dificilmente será um fator que ajudará na sua promoção.
O especialista afirma que qualquer profissional precisa saber se promover,
destacando seus resultados e relatando seu progresso. Para chamar a atenção não
é preciso elogiar a roupa ou o corte de cabelo do chefe.
Tudo é questão de QI (quem indica)
Networking é importante, mas não é tudo. Para crescer profissionalmente, ser
indicado por alguém é somente um caminho entre vários. “Se você é competente, as
pessoas falarão ‘nunca trabalhei com ele, mas já ouvi falar que ele é bom’”,
afirma Celestino.
E, para ter uma boa reputação no mercado, primeiramente é preciso fazer seu
trabalho de maneira bem feita. Para Correia, um profissional que não demonstra
competência, não há QI que garanta seu emprego.
Cursos no exterior são mais valorizados
É inegável que nomes como Harvard, MIT, Cambridge saltam aos olhos em
currículos. Mas para Celestino, cursos realizados em instituições como USP
(Universidade de São Paulo), FGV (Fundação Getúlio Vargas), ITA (Instituto
Tecnológico de Aeronáutica), entre outros, também são igualmente bons. “Selo não
é tudo”, afirma. “Esse é um mito caro”, resume Correia.
A empresa tem um plano de carreira para o profissional
Garantir um plano de carreira para cada funcionário pode até estar entre os
valores da empresa. Mas Celestino alerta: “você é o gestor de sua própria
carreira, é um risco depender da empresa para crescer”.
Formação em uma faculdade renomada garantirá um bom emprego
Para os especialistas, nem sempre. “Cheguei a conhecer CEOs de empresas que não
tinham formação universitária”, diz Celestino. Uma boa formação é relevante e
sim, podem abrir portas, entretanto não garante o emprego de ninguém.
A experiência adquirida por meio de um programa de estágio ou trainee realizado
durante a faculdade certamente chamará a atenção dos recrutadores durante a
avaliação de um currículo. Só ter o diploma não basta.
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