Interfaces neuraisUm sensor magnético baseado em um super
átomo demonstrou sua eficácia na prática medindo a atividade cerebral
humana.
Os testes demonstraram o potencial do sensor atômico para aplicações
práticas em medicina e nas pesquisas de
interfaces neurais, para o controle de próteses ou outros
equipamentos, como robôs e computadores, diretamente pelo pensamento.
Criado por uma equipe da Alemanha e dos Estados Unidos, o novo sensor
promete levar as possibilidades de mensuração dos campos magnéticos
biológicos a um novo patamar.
Na avaliação inicial, o magnetômetro mediu com precisão, de forma
não-invasiva, as ondas alfa do cérebro humano associadas com o abrir e
fechar dos olhos, além de detectar quando a mão dos voluntários recebiam
um estímulo, sem qualquer movimento motor.
Comparação com SQUID
As medições foram comparadas com as obtidas por um
SQUID (Superconducting Quantum Interference Device).
Os SQUIDs são os sensores magnéticos mais sensíveis que existem.
Contudo, por precisarem de materiais
supercondutores, eles exigem aparatos criogênicos complicados, caros
e grandes.
O novo sensor atômico apresentou uma sensibilidade ligeiramente menor
do que os SQUIDs.
Contudo, além de ter potencial para melhorias, ele funciona a
temperatura ambiente, é minúsculo, abrindo caminho para equipamentos
portáteis e de baixo custo.
Magnetômetro atômico
O sensor consiste de um recipiente com um gás contendo cerca de 100
bilhões de átomos de rubídio, iluminado por um laser infravermelho de
baixíssima potência e uma fibra óptica para detectar a luz do laser
refletida pelo gás.
Os átomos de rubídio absorvem mais luz quando o campo magnético ao se
redor se eleva.
O sensor consegue medir sinais magnéticos de 1 picotesla (1
trilionésimo de tesla) - para comparação, o campo magnético da Terra é
50 milhões de vezes mais forte.
Os cientistas afirmam que, a curto prazo, poderão aumentar essa
sensibilidade por um fator de 10 melhorando a detecção pela fibra óptica
- o que deixará definitivamente os SQUIDs para trás.