Vários cientistas já haviam alertado que a aspersão dos
aerossóis poderia ter como efeito esbranquiçar o céu.
Mas agora o efeito foi quantificado.
Vermelho
vence o azul
Ben Kravitz e seus colegas da Instituição Carnegie
para a Ciência, nos Estados Unidos, demonstraram que as
partículas de sulfato que alguns propõem lançar no ar
causariam um maior espalhamento da luz solar na
atmosfera.
Isto reduziria em cerca de 20% a quantidade de luz
que viria diretamente para o solo, tornando o brilho do
Sol mais difuso, mais "apagado", dando um tom
esbranquiçado ao céu.
O azul do céu vem da luz sendo refletida pelas
moléculas no ar. Esse espalhamento da luz é muito mais
forte para os comprimentos de onda mais curtos - na
faixa do azul - do que nos comprimentos de onda mais
longos - na faixa do vermelho.
As partículas de aerossol que alguns cientistas
planejam jogar na atmosfera, contudo, são muito maiores
do que as moléculas do ar.
Com isso, elas causariam uma difusão muito mais forte
da luz vermelha, "lavando" o azul produzido pelas
moléculas menores.
Isto tornaria o céu mais brilhante e virtualmente
branco.
Segundo os pesquisadores, o efeito gerado seria
similar ao que ocorre depois de grandes erupções
vulcânicas.