Mão bobaProgramar um robô para que ele pegue um jarro e
coloque suco em um copo pode ser uma tarefa extenuante.
Uma das maiores dificuldades é que pegar um jarro cheio requer um
nível de força e firmeza, enquanto pegar um copo de vidro vazio requer
suavidade e cuidado.
Engenheiros da Universidade de Saarland, na Alemanha, acreditam que a
saída é resolver a questão de uma vez por todas, passando a
flexibilidade na manipulação dos objetos para o hardware da mão
robótica.
Assim, os programadores poderão ficar livres para desenvolver
aplicativos mais criativos, dando funções mais práticas aos robôs.
A miniaturização dos motores elétricos permitiu que os engenheiros
simulassem a ação dos nervos da mão humana, usando-os para enrolar e
desenrolar fios que controlam os dedos de forma independente e precisa.
Usando esses tendões artificiais, o resultado é uma mão robótica ao
mesmo tempo forte e delicada, que dosa a força dependendo da tarefa a
desempenhar.
Imitando a mão humana
"Queríamos dar à nossa mão robótica um amplo espectro de
características humanas. Seus músculos artificiais devem ser capazes de
dispensar grandes forças com técnicas simples e compactas," disse Chris
May, coordenadora da equipe, que inclui pesquisadores de outras
universidades europeias.
Pequenos motores de alta velocidade liberam e recolhem fios especiais
de polímero, criando atuadores capazes de mover um objeto com até 5
quilogramas a 30 milímetros por segundo, sem as tradicionais "tremidas"
dos braços robóticos.
"Cada dedo robótico, como um dedo humano, é formado de três
segmentos, cada um controlado precisamente por tendões individuais,"
disse May. Cada tendão é formado por um fio de 20 centímetros.
A construção de mãos robóticas fortes, ágeis e hábeis é um dos
principais objetivos do projeto europeu Dexmart, que pretende construir
troncos
robóticos com dois braços capazes de desempenhar tarefas
complexas.