Um dispositivo do tamanho de uma moeda consegue manipular seres
vivos microscópicos usando ondas de som.
Além de
microrganismos inteiros, a nova ferramenta pode lidar com coisas
menores, como células do sangue, abrindo novas perspectivas de
pesquisas e aplicações práticas.
Pinça acústica
Manipular objetos vivos sem danificá-los é um grande desafio
para a tecnologia, mas algo essencial para que esses organismos
sejam estudados em seu ambiente natural, sem interferências.
O dispositivo, chamado pinça acústica, é a primeira
tecnologia a se mostrar capaz de capturar e manipular o
Caenorhabditis elegans, um verme muito usado em pesquisas
biomédicas e biológicas, sem tocar no animal.
As pinças acústicas também são capazes de manipular com
precisão objetos em escala celular, que são essenciais para
muitas áreas da pesquisa biomédica.
Neste momento, as pinças acústicas conseguem manipular e
mover objetos com dimensões na faixa dos milímetros até os
micrômetros.
Contudo, usando sons de frequências mais elevadas, os
pesquisadores afirmam ser possível mover objetos muito menores,
em nanoescala.
Isso as tornaria adequadas para a manipulação de
nanopartículas e moléculas, algo que hoje é feito pelas
pinças ópticas, dispositivos que usam luz, mas que nem
sempre são adequados para as amostras biológicas porque a luz
interfere com os organismos vivos, podendo até matá-los.
Ondas acústicas de superfície
As pinças acústicas usam ultrassom, a mesma tecnologia
não-invasiva usada nos exames pré-natais, para fazer imagens do
bebê no útero.
O dispositivo usa um material piezoelétrico, que se move
quando recebe uma corrente elétrica.