Controlar o acesso de qualquer arquivo em qualquer lugar. De acordo com Cesar Berenguer, da empresa Air Watch, que está apresentando seus serviços durante o Mobile World Congress (MWC) 2013, em Barcelona, o controle da informação corporativa é uma nova forma de encarar o desafio da confidencialidade dentro do local de trabalho. "A tendência nos Estados Unidos e Europa é essa e agora estamos caminhando para administrar melhor os dispositivos corporativos", explica o executivo, lamentando que pouca gente ainda saiba que esse controle é possível.

Na prática, uma empresa que disponibiliza para um funcionário um dispositivo móvel de trabalho (um celular smartphone ou um tablet) pode controlar tudo: o que se tem acesso, que aplicativos se podem utilizar ou mesmo dizer com que softwares devem trabalhar preferencialmente. "Se a empresa quer que as chamadas sejas feitas por Skype e o funcionário não procede assim, temos como saber. Temos como saber também se ele está trabalhando e não jogando Angry Birds", explica Berenger. 

O controle pode ser ampliado e detalhado a cada documento. Por exemplo, as empresas podem disponibilizar documentos para empregados e clientes codificados e limitados. Sem opção de imprimir ouo de reenviar por e-mail a terceiros. "Posso proteger a informação de maneira que a empresa possa decidir o que o empregado faz com a documentação dela", afirma Cesar Berenger. Em alguns casos, como em bancos, os documentos podem ser totalmente fechados. "Encriptamos e só se pode abrir através de um aplicativo de segurança", afirma. 

Mas não apenas em empresas esse controle pode se tornar efetivo. Nas escolas também. Um dos exemplos dados por Cesar Berenger está no Brasil. Mais precisamente na Escola Integral de Campinas, que fornece o material didático a seus alunos através de tablets. "Administramos quase 3 mil tablets dos alunos da escola. Isso quer dizer que cada um tem aplicativos referentes ao seu ano letivo.

Cada aluno recebe todos os documentos e apostilas digitalmente e ao mesmo tempo durante o dia, podemos restringir o dispositivo para que a câmera, o Facebook e o Messenger não funcionem. Para que se centrem apenas nos estudos. Para que não possam acessar a internet", disse Berenger. Mas depois da hora da escola podem ter acesso a tudo, afirma. 

Outra solução que a empresa oferece a seus clientes é bloquear a entrega de correios eletrônicos a funcionários fora do horário de expediente. "Em alguns países já existem leis que obrigam as empresas a pagar hora extra nesses casos", lembra ele. Ou mesmo para que caso o funcionário saia da empresa os dados referentes ao trabalho possam ser apagados para proteção da empresa.

A mesma proteção podem ter pacientes de um hospital, cujo médico tenha em seu tablete informação sobre seu tratamento. "Podemos bloquear essas informações para que quando o médico saia da clínica e perca o tablet ou seja roubado, essa informações não caiam em mãos erradas", explica. Para Cesar Berenger, o mundo do futuro é cada mais atrelado à mobilidade, à flexibilidade e à privacidade para empregado e empresa. Podemos adicionar também que ao controle.