Debaixo daqueles lençóis
Lembra como era gostoso?
Pois é, dá para
recuperar e manter o ânimo dos bons tempos
O sexo freqüente, seguro e
prazeroso faz um bem danado à saúde. Protege o coração, emagrece, eleva a
auto-estima, melhora o humor e até remoça. Ele é tão importante que serve
como um dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde para determinar a
qualidade de vida das pessoas. Mas, com as transformações por que passa o
organismo no decorrer dos anos, não é fácil manter a libido a mil. No caso
das mulheres, com a chegada da menopausa, os seios já não enrijecem como antes
durante a fase de excitação. O aporte de sangue para a vagina e a lubrificação
do órgão diminuem. Além disso, a perda de tônus muscular em todo o corpo
reflete-se na região vaginal, que fica menos elástica. Isso significa que a
resposta às carícias e ao próprio ato sexual já não é tão rápida nem tão
intensa. Ou seja, torna-se mais complicado atingir o orgasmo. Com os homens, não
é diferente. Um mesmo estímulo sexual que, na juventude, saía do cérebro e
deixava o pênis ereto em apenas três segundos demora quarenta vezes mais para
fazer efeito no homem de meia-idade. Além disso, o aporte de sangue para o pênis
é menor, assim como o tônus muscular da região. Com isso, a ereção tende a
ser menos potente e o orgasmo, mais difícil.
A boa notícia: é possível
retardar essas transformações e recuperar o fôlego e o entusiasmo na cama (e
no sofá, e no carro, e na escada, e no elevador). O mais importante é combinar
uma alimentação equilibrada com a prática regular de exercícios físicos.
Para os homens, essa é uma das principais armas contra os maiores inimigos das
ereções potentes, o colesterol alto e a hipertensão. Para as mulheres, dieta
saudável e exercício freqüente funcionam como uma espécie de injeção de ânimo
para o sexo. Especialmente porque ajudam a manter a forma e, conseqüentemente,
a auto-estima. De cada dez brasileiras, sete reclamam da falta de libido. O
principal motivo? Insatisfação com o próprio corpo. Abster-se do excesso de
álcool também dá uma força ao desejo sexual. Por último, mas não menos
importante, é fundamental controlar a ansiedade na hora H. O melhor sexo é
aquele que se faz sem aflições. Expectativas exageradas com a própria
performance, por exemplo, contaminam a relação e podem gerar um círculo
vicioso.
Ainda que os hábitos saudáveis
não consigam manter o sexo satisfatório, a medicina pode dar uma mãozinha.
Entre as mulheres de meia-idade, a terapia de reposição hormonal aumenta a
libido e a lubrificação vaginal, além de outros benefícios. Os homens podem
contar com a ajuda do Viagra e seus equivalentes. Em 1998, quando foi lançado,
o medicamento marcou uma nova era no tratamento da disfunção erétil. A
drageazinha azul devolveu a milhões de homens a potência perdida, mas não age
sobre o desejo. Para o remédio funcionar, é preciso que o homem tenha vontade
de fazer sexo. Para elas, não se inventou nada parecido. Estudos restritos com
o Viagra vêm sendo realizados, para verificar se ele pode atuar em casos de
anorgasmia feminina (dificuldade para chegar ao orgasmo). Até o momento, no
entanto, nenhum deles constatou que o Viagra é realmente efetivo nessa situação.
A falta de desejo, tanto para homens como para mulheres, continua a ser um
desafio para a medicina. A única fórmula eficaz é aquela que muitos casais
ouvem dos terapeutas e sexólogos: feito com prazer, freqüência e
cumplicidade, o sexo dá vontade de fazer mais sexo. Nos enredos mais felizes,
com o mesmo parceiro.
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