O uso de partículas de luz para guardar informações digitais pode se tornar realidade

Camila Artoni

Proteção quântica

Fótons aumentam segurança de dados

O uso de partículas de luz na cifragem de informações digitais começa a dar passos mais firmes. Uma transmissão de dados por fibras óticas de 100 km de comprimento mostra que a técnica é viável e, segundo os pesquisadores, poderá ser utilizada comercialmente em menos de três anos. O patamar foi atingido por cientistas da Toshiba e bate a marca de 87 km alcançada pela Mitsubishi no ano passado.

Esse tipo de cifragem, que garante vigilância absoluta sobre os dados, é conhecido como criptografia quântica. Ao contrário do mecanismo clássico, que aplica chaves baseadas em princípios matemáticos, a criptografia quântica apóia-se na física. Cada unidade básica de informação (um Qubit, ou bit quântico) é codificada com um fóton, que não pode ser observado sem que seu valor se altere. Embora nenhuma encriptação seja totalmente inviolável, esse sistema permite detectar qualquer invasão. Se a mensagem for interceptada por um hacker, o fóton se corrompe antes de atingir o destino.

 

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