|
Robôs
são destaque em exposição em Nova York
Os seres humanos podem em breve acordar com os toques de um massagista robótico,
enquanto músicos mecânicos tocam canções relaxantes e outras máquinas
farejam o ambiente externo em busca de substâncias tóxicas perigosas.
Essas e outras
possibilidades foram o tema de Robot, um festival de quatro dias
realizado recentemente na Eyebeam, uma galeria de arte em Chelsea,
Manhattan, especializada na interseção entre arte e ciência.
Um dos pontos mais
populares da exposição era o Tickle Salon, com a máquina robotizada de
massagem criada pelos artistas holandeses Erwin Driessens e Maria
Verstappen. Diferente de um salão de massagem convencional, o Tickle
Salon tem um braço robotizado que manipula um objeto parecido com um
pequeno espanador, batizado como "sentidor" por Driessens.
O objeto toca o corpo
levemente, processando informações sobre a forma do indivíduo à medida
que se desloca, acumulando informação. Tanto os robôs quanto os seres
humanos precisam usar suas capacidades para sentir, explica Driessens: o
robô, para realizar seu trabalho, e o ser humano, para receber a sensação
da massagem.
"É como realizar
uma varredura magnética do corpo apenas pelo tato. Não existe sistema de
visão", diz Driessens. "É uma máquina cega. Descobre o corpo
do usuário explorando-o pelo toque, e usa essa informação para criar
movimentos suaves sobre o corpo."
O ArtBots, uma espécie
de show de calouros robotizados, oferecia robôs musicais desenvolvidos
pela cooperativa artística League of Electronic Musical Urban Robots (LEMUR),
do Brooklyn.
Os robôs da LEMUR
tocavam de tudo, de guitarras a instrumentos de percussão exóticos como
um chocalho de cascos de bode peruano. Entre os robôs musicais, havia o
ShivaBot, um robô baterista de dois metros de altura dotado de quatro braços
e inspirado na deusa hindu Shiva. E o workshop Feral Robotic Dogs permitia
aos espectadores criar cachorros robotizados.
O Bureau of Inverse
Technology, outro coletivo artístico, usou narizes de cachorros robôs
disponíveis comercialmente e os adaptou com sensores de coleta de dados
para que "farejem" substâncias tóxicas.
"O campo está começando
agora com ativistas e artistas", disse Jonah Peretti, diretor de
pesquisa e desenvolvimento da Eybeam. O objetivo da Eyebeam é ter um
grupo diversificado, incluindo artistas, inventores e engenheiros,
"para brincarem e explorarem novas idéias".
Reuters
|
|