Compartilho com vocês a experiência da leitora que usa o nick de Feléz.
Acredito na verdade das palavras que ela escreveu e que mostram, com tanta comoção,
o amor de uma neta.
Foi muito estranho... Eu sou
uma pessoa que acredita no espírito, em reencarnação, ou vida após a morte.
Me simpatizo muito com o esoterismo, apesar de uma formação extremamente católica.
Aconteceu algo que, para mim, foi um aviso. Só que eu não estava preparada e
na época não entendi. Fazia uns dois meses que meu sogro havia falecido, então
meu marido e eu fomos ao cemitério rezar um pouco.
Sempre que ia rezar, passava
também pelo lugar onde meu avô estava sepultado há vários anos, em uma
gaveta que ficava uns três quarteirões do túmulo de meu sogro. Só que aquele
dia, não sei porque, não fui lá rezar para meu avô. Ficamos uma meia hora e,
então, resolvemos ir embora. E no caminho, dentro do cemitério, encontramos
funcionários que estavam carregando um caixão, já desmanchado pelo tempo, de
alguém que deveria ser uma pessoa muito alta. Nos restos podia se ver a roupa,
era de um homem, um paletó com umas litigas e que até me chamou atenção.
Eu até olhei. Rezei e pensei
comigo: o que é a vida? E o que seria a morte? De certa forma me impressionei
com aquele quadro, aquele caixão sendo removido. De quem seria? E só tinham
dois funcionários carregando e ninguém mais presente acompanhando? Fiquei
parada esperando passar sentindo uma certa nostalgia. Não era tristeza, mas
algo que não saberia explicar o quê. Passou...
Após uns vinte dias retornamos
ao cemitério para rezar novamente. Resolvi passar no meu avô, coisa que fazia
sempre. Fiquei na frente da gaveta e qual não foi meu espanto? Era outra pessoa
que ali estava. Notava-se que era recente, pois o cimento ainda estava úmido e
o nome estava riscado. O que estaria acontecendo? Aonde estavam os restos
mortais de meu avô? O que houve? Saímos aflitos e angustiados, meu marido e
eu. E não tínhamos resposta. Falamos com nossos parentes e ninguém sabia o
havia ocorrido. Ninguém sabia aonde estariam os restos de meu avô.
Depois de tanto questionar e
perguntar ao pessoal da administração, chegamos a conclusão de que tinham
sido removidos os seus restos mortais do meu avô exatamente no dia em que vimos
aquele caixão passando por nós. Eu rezei e agora tenho certeza de que era eu
que tinha que presenciar aquela remoção. Era de meu avô aqueles restos
mortais.
Só que eu não entendi a
coincidência. Somos de uma família muito grande e eu acho que fui escolhida,
apesar de ter consciência de que o corpo é apenas uma veste, e o importante
mesmo é o espírito. Mas eu acho que meu velhinho querido, com 14 filhos e 45
netos, me escolheu para presenciar aquela retirada. Hoje não tenho dúvidas.
Agradeço à Deus e peço-lhe sempre que me ilumine e que eu entenda cada vez
mais alguma linguagem do espírito, algo que possa se manifestar e eu saber
interpretar por isso. Eu procuro ler muito, evoluir e estou aqui relatando o que
passou comigo.
Marina
Gold