A fé pode
mesmo nos amparar?
Apresento a vocês o relato de Zizi, que mostra que a fé nos ampara, nos
ilumina e pode até operar milagres.
No espaço de dois anos e três
meses, tive experiências que somente a fé explica. Tenho muita fé de que
Deus, Jesus e os espíritos de luz que me acompanham nesta jornada, assim como
pessoas que são colocadas em minha vida, surgem nas horas em que tudo o que eu
poderia fazer sozinha, já tenha sido feito. Por isso, nada me fez até hoje,
perder a esperança de ser resolvido. É claro, que não imponho minha vontade
(como eu gostaria que fosse), deixo isso para Jesus, meu sócio(é assim que o
chamo, pois quando os fatos fogem de minha competência Ele entra em ação).
Em 1999, meu pai entrava no
quarto ano da doença ELA, rara, que paralisa a pessoa, desligando os nervos dos
músculos. Não há dor, apenas os músculos vão ficando sem força. Por isso,
nesse ano, ele foi internado com insuficiência respiratória e lá no hospital,
ele ficou por 11meses na UTI, pois permitiu que os médicos fizessem experiências
com medicamentos. Muito lúcido, somente nos últimos quatro meses é que ficou
sonolento e completamente imóvel. Para poder suportar esse sofrimento, pois ele
era muito inteligente e conseguia nos passar perseverança, fé e resignação,
ele participava dos acontecimentos ouvindo notícias no rádio.
Através de mímica nos comunicávamos
e eu passei a anotar considerações pessoais de minhas leituras no Evangelho de
Alan Kardec, em páginas, que no final do ano de 2000, reuni num livro, com que
presenteei no Natal a família e os amigos, ao mesmo tempo em que pude fazer uma
homenagem ao meu pai falecido em agosto. Hoje, pego esse livro e não acredito
ter sido eu quem o escreveu. Foi inspiração divina, que me ajudou a passar o
ano, pois as palavras que eu lia no Evangelho eram como uma conversa alimentando
meu espírito, e depois de passado o mau momento, as palavras que falavam de
Jesus, o que Ele espera de nós, foram disseminadas para todos aqueles a quem eu
presenteei.
Agora, em 2003, meu marido está
com um câncer raro nos rins, que já se espalhou nos pulmões e no cérebro.
Segundo os médicos, ele tem 6 meses de vida. Temos uma loja que sobrevive há
22 anos, com uma sociedade complicada (um dos sócios faleceu, os filhos tomaram
conta, mas num clima de muita contenda, deve-se ao governo e aos fornecedores,
ao empregado (há 20 anos conosco, com sua situação completamente irregular),
enfim, estamos enfrentando doença com prognóstico de morte iminente, negócios
com a falência batendo à porta e só não estamos gastando com a doença,
porque uma daquelas pessoas maravilhosas que foram colocadas em minha vida,
conseguiu tratamento gratuito no Instituto do Câncer na Santa Casa de São
Paulo.
Ontem, eu chorava, estava
angustiada, e só não estava prostrada, porque tinha que levá-lo à
radioterapia, quando me liguei com meu sócio Jesus e pedi, que por favor,
colocasse de novo alguém em nosso caminho, se não para resolver, para nos
orientar. Eram 18h 30. Às 23 horas mais ou menos, uma amiga de meu filho, irmã
de um ex-aluno meu, que hoje é advogado, ligou oferecendo ajuda, serviços,
para podermos resolver toda essa situação. É maravilhoso constatar que você
não está sozinho mesmo, e que se tiver fé, humildade e paciência, aceitando
as situações e tentando resolvê-las dentro de um clima de paz e amor, basta
bater e Jesus atenderá; Obrigada pela oportunidade de contar.
Marina Gold