Como
acontecem as manifestações mediúnicas
O maior estudioso deste tema foi o decodificador do Espiritismo, Allan Kardec
(1804 - 1869) que assim definiu a mediunidade: "todo aquele que sente em um
grau qualquer influência dos espíritos, é, por esse fato, médium". O médium
é capaz de produzir um fenômeno de atração magnética, e assim como um imã,
consegue captar o campo áurico de uma pessoa que já morreu. Ele é uma ponte
entre vivos e espíritos e experimentam fenômenos que desafiam até a ciência.
Para os céticos, o médium é
considerado um "portador de algum distúrbio psiquiátrico", o que não
é verdade. O "DSM" (Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders), a "bíblia" da psiquiatria, orienta que os médicos devem
tomar cuidado em diagnosticar como psicóticas, pessoas que dizem ou ouvem os
mortos. O Brasil possui sete mil Centros Espíritas. A ciência é resistente
aos fenômenos mediúnicos e para entender porque isto ocorre, devemos lembrar
que até o final do século XIX, a mediunidade era chamada de "histeria de
múltipla personalidade".
Como podemos verificar se alguém
é médium? O primeiro sintoma da mediunidade é a facilidade em captar energias
negativas no local. O médium começa a abrir a boca, sente dores de cabeça
quando está em um lugar com grande aglomeração de pessoas, torna-se irritadiço
por qualquer motivo e tem dificuldades no convívio com a família, chegando a
pensar que ninguém entende o que está se passando com ele. Como é mais sensível
do que os outros, ocorre com mais freqüência as flutuações de humor, além
de vivenciar situações estranhas e aflitivas.
O que acontece em uma manifestação
mediúnica? O médium começa fechando seus olhos, deixando a mente quieta
(meditação) para que, depois de alguns minutos, ocorram os arrepios, a sensação
de calor, a aceleração dos batimentos cardíacos, alguns movimentos involuntários
e a sensação de uma outra energia ao seu redor. Assim, inicia o funcionamento
cerebral nas regiões da glândula pineal (centro do cérebro), lobo temporal e
o sistema límbico, responsável pelas emoções. A atividade na respiração
celular faz com que se produza o ectoplasma, ou seja, a energia humana que
possibilita o corpo contatar com o espirito.
A glândula pineal é definida
como uma espécie de "antena" que capta as vibrações dos espíritos.
Também é responsável por regular a produção hormonal e funciona no
desenvolvimento do corpo. Ela produz melatonina, que tem um efeito sedativo e é
responsável pela percepção da passagem do tempo -- isto explica o fato do médium
não ter noção do tempo que ficou em transe. O aumento do interesse pelos
assuntos relacionados à mediunidade é explicado pelo desejo da certeza de que
a morte não é o fim, e que é possível contatar com os que já partiram (e
que se encontrarão posteriormente).