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Cientistas
dos EUA trabalham em Atlas do cérebro
Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia (Ucla) trabalha na
elaboração do "atlas" completo do cérebro humano, para que
futuramente a identificação e o tratamento dos transtornos cerebrais se
tornem mais precisos. O Consórcio Internacional para o Mapeamento do Cérebro
e seu Laboratório de Neuroimagem na Ucla, em Los Angeles, compilou
imagens digitais de uns 7 mil cérebros de pessoas de entre 20 e 40 anos
de idade.
Essas imagens, feitas com
tecnologias como o scanner de ressonância magnética, foram digitalizadas
e ordenadas em um atlas colorido, e em algumas instâncias com desenho
animado, que descreve a estrutura e o funcionamento do cérebro. Entre os
participantes do estudo estão pessoas saudáveis e outras que sofriam do
mal de Alzheimer, de esquizofrenia, autismo e síndrome de alcoolismo
fetal.
O projeto dirigido por
John Maziotta, diretor do Departamento de Neurologia em Ucla, e Arthur
Toga, chefe do laboratório de neuroimagens, conta com a colaboração de
especialistas em diferentes partes do mundo. Todo o material que esse
projeto produziu em dez anos, e que está disponível na internet pelo
site www.loni.ucla.edu/icbm, proporciona uma grande quantidade de informação
de alta qualidade, que facilita a identificação e o tratamento de
transtornos cerebrais.
Boa parte revela com mais
precisão os mecanismos cerebrais da memória e da aprendizagem. O que
mais distingue o mapa cerebral do ICBM de outros atlas do cérebro é sua
amplitude e o fato de que continua crescendo. A amplitude responde ao
feito de que, assim como dois corpos ou duas pessoas não são exatamente
iguais, também não o são seus cérebros, e de fato há uma variedade
mais ampla ainda entre os cérebros que entre os corpos humanos.
"Diferentemente da
Terra, onde há uma representação física única para cada lugar e que não
muda muito, a variação entre indivíduos humanos, por exemplo, no que
diz respeito à memória, é muito grande, tanto que não sabemos
exatamente quão grande é", disse Maziotta. "Nossa meta é o
desenvolvimento de um sistema tal que nos permita prover à comunidade a
informação sobre a arquitetura do cérebro humano e como entendê-lo e
tratá-lo", acrescentou.
A elaboração do atlas
do ICBM foi feita através de um sistema de referência de probabilidades,
para que o mapa -quando estiver concluído- inclua a informação sobre
tantas possibilidades quantas forem possíveis no cérebro humano adulto.
EFE
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