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Disney se
rende à computação gráfica
Rafael Rigues
O estúdio Disney cessa todo o desenvolvimento de projetos
baseados em técnicas convencionais de animação e começa a
treinar seus animadores, mesmo os mais tradicionalistas, no
uso de ferramentas digitais.
O método tradicional de criação com pranchetas está
sendo trocado por um sistema totalmente computadorizado, onde
os desenhos são produzidos, limpos, montados e colorizados
diretamente no computador. Este sistema já é usado por
outros estúdios, como a DreamWorks, e tem várias vantagens:
é mais rápido, mais barato e o produto final tem qualidade
melhor, com menos esforço.
A mudança já se reflete nas novas contratações. Na página
de empregos do site da Disney, há um aviso aos candidatos a
animadores: "Due to our current production needs, we will
not be accepting traditional portfolios" (Devido às
nossas atuais necessidades de produção, não estaremos mais
aceitando portfólios tradicionais).
A mudança não significa que todo novo filme da Disney será
algo parecido com Shrek. Há vários meios de combinar
o estilo 2D com as novas técnicas 3D. Em Tarzan, por exemplo,
as cenas em que a personagem desliza através da floresta são
feitas em 3D, assim como o mar. Em Lilo e Stitch muito
do processo de animação foi feito diretamente em
computadores.
A última produção da Disney usando métodos tradicionais
de animação será Home
on the Range, com estréia prevista para 2004.
Projetos seguintes já em andamento, como Chicken Little
(2005), A Few Good Ghosts (2006) e Rapunzel
Unbraided (2007) usarão o novo processo digital de produção.
Magnet
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