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Pequenos
notáveis
Os novos computadores de mão
invadem o mercado e trazem acoplados
celulares e máquinas fotográficas
Lia Vasconcelos
Colaborou Henrique Fruet
Os
novos computadores de bolso, os PDAs (assistente pessoal digital,
na sigla em inglês), também conhecidos como palmtops ou
handhelds, estão cada vez mais avançados. Além de trazerem os
tradicionais editores de texto e planilhas, funcionam como
celular, tiram fotos com câmeras integradas, reproduzem MP3 e
pequenos vídeos, recebem e enviam mensagens eletrônicas e muitos
vêm com um teclado, para quem não se adapta a escrever no
monitor com a caneta óptica. O mercado é crescente no Brasil. Em
2002 foram vendidos cerca de 250 mil, mas estima-se que em dois
anos esse número chegue a 640 mil.
Os handhelds não estão só nos bolsos dos executivos dos
centros urbanos, mas também dentro de milhares de barcos que
navegam pelos oceanos do planeta. Como no Paratii 2, do famoso
aventureiro brasileiro Amyr Klink. Quando partir no sábado 15
para sua nova aventura, desta vez rumo à Antártica e à África,
Klink e seus cinco companheiros terão à disposição três
notebooks e três PDAs iPaq 5550 que funcionam como um celular e
permitem a sincronização de dados com o computador sem o uso de
cabos, por meio da tecnologia Bluetooth. Toda essa infra-estrutura
ajudará a produzir fotos para futuras exposições, boletins e
arquivos de viagem. “A cada projeto, trabalhamos com tecnologia
de última geração para garantir que os desafios técnicos sejam
superados”, afirma Klink, o primeiro homem a atravessar o Atlântico
Sul num barco a remo de seis metros de comprimento.
Turbinados – Apesar de os navegadores ainda serem
obrigados a levar cartas náuticas, grande parte delas foi
substituída pelos PDAs e notebooks. “É possível ter toda a
cartografia dentro do computador”, assegura Klink. Segundo ele,
a única desvantagem desses aparelhinhos é sua baixa autonomia.
Precisam ser recarregados de tempos em tempos. Assim como o iPaq
usado por Klink, o Gradiente Partner e o Tungsten W, da Palm, também
funcionam como celular. O Partner ainda reproduz música MP3 e tem
um gravador de voz digital. Já a grande sensação do Tungsten W,
que deve chegar às lojas até o final do ano, é seu teclado
embutido para quem tem dificuldades em lidar com a caneta óptica
do PDA e a possibilidade de acesso à internet, incluindo o envio
e recebimento de e-mails. Para quem busca um Palm mais simples e
barato mas não abre mão da tela colorida, uma boa opção é o
Tungsten E, outra novidade para o Natal.
Apesar de não fabricar seus computadores de mão no Brasil, é
possível achar em algumas lojas do País os handhelds da Sony. A
vedete da linha Clié é o NZ90, que grava pequenos vídeos,
reproduz MP3, vem equipado com tecnologia Bluetooth e tem uma câmera
fotográfica de 2 megapixel integrada. “A tendência é que cada
vez mais os handhelds assumam as funções do PC e do notebook”,
afirma Alexandre Szapiro, vice-presidente da Palm. As novidades não
param por aí. Há por volta de 60 mil programas na internet para
o PDA ficar ainda mais turbinado. As opções são muitas, só
depende da capacidade de memória do aparelho – para a maioria
dos handhelds é possível comprar cartões de expansão. Dá também
para baixar da internet jogos como pinball e paciência, além de
programas que ajudam a controlar as despesas domésticas, a ver
mapas de ruas e a programação de cinema e teatro.
O comprador de primeira viagem deve ficar atento. Existem dois
sistemas operacionais diferentes para PDAs, que não são compatíveis
entre si. Um deles foi criado pela fabricante Palm, o Palm OS, que
equipa cerca de 70% dos aparelhos que estão no mercado. O outro
é o Windows Mobile 2003 para Pocket PC, da Microsoft, que está
em handhelds da HP, por exemplo. A maior parte dos programas
disponíveis para download na internet é compatível com o
sistema Palm OS porque este tem o maior número de usuários.
Escolha feita, a diversão e o trabalho estão garantidos.
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