Bancos alertam para crescimento de fraudes na Web

Executivos de bancos e especialistas em segurança da computação acreditam que as fraudes virtuais contra o setor de serviços financeiros vão disparar em 2004, à medida que o setor se prepara para uma nova onda de ataques. A previsão sombria, feita hoje, surge em meio a uma série de fraudes envolvendo sites e endereços de e-mail falsificados, dirigida aos clientes dos bancos.

A polícia apelidou o fenômeno, relativamente novo, de "pescaria", porque os fraudadores tentam fisgar clientes desprevenidos e obter detalhes de suas contas bancárias. Nos últimos meses, uma série de e-mails disfarçados de correspondência de alguns dos maiores bancos do mundo chegou às caixas de mensagens de muitos usuários. As fraudes aconteceram no Reino Unido, Estados Unidos e Austrália, para mencionar apenas alguns países.

"Essa prática é apenas um primeiro passo", disse o especialista em segurança de um dos maiores bancos britânicos, durante uma conferência de segurança do setor financeiro em Londres. Ele pediu que seu nome não fosse mencionado. "É como as fraudes com cartões de crédito", declarou o especialista. "A pescaria de dados ainda não é séria, mas vai ser", acrescentou.

Os bancos, desesperados para proteger suas reputações e preservar um segmento de seus negócios que vêm registrando rápido crescimento, consideram que os esquemas de fraudes online são um problema sério de segurança. "O nível de preocupação entre os nossos clientes, quanto ao risco, certamente vem aumentando", disse Nick Sears, vice-presidente de vendas da Finjan Software, grupo de software de segurança da Califórnia que tem alguns grandes bancos entre seus maiores clientes.

Os bancos britânicos foram atingidos de forma severa nos últimos meses. Muitos deles, entre os quais o Barclays, o Lloyds TBS e o NatWest alertaram seus clientes de que haviam sido alvos de fraudes. Na conferência de hoje, os executivos do setor avaliaram que avanços tecnológicos não serão capazes de deter a onda de crimes. Segundo eles, a melhor defesa são os consumidores, que precisam estar mais conscientes quanto às operações online, afirmaram.
 Reuters

 

 

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