Placas de vídeo turbinam o desempenho de seus jogos

Sheila Zabeu
Mundo Digital

Ver para crer! Essa máxima também vale para o mundo da tecnologia. E para que você possa ver e comprovar o resultado de qualquer trabalho processado no computador, um componente de hardware é essencial: a placa de vídeo. É ela a responsável por traduzir a saída dos programas e informar o monitor sobre quais pontos devem ser acesos na tela, gerando, dessa forma, a imagem que você vê.

A qualidade da imagem gerada depende tanto da placa de vídeo quanto do monitor. De nada adianta ter uma placa poderosa se o monitor for, por exemplo, monocromático. A recíproca também é verdadeira -monitores avançados ficam limitados por uma placa de baixa resolução.

Nos primórdios da computação pessoal, a placa de vídeo tinha a função básica de simplesmente transformar os dados vindos do processador central, em formato digital, para sinais analógicos compreensíveis pelo monitor. Porém, com o avanço das aplicações, as placas de vídeo começaram a ter um papel mais sofisticado a ponto de influenciar no desempenho geral do PC.

Atualmente, as placas de vídeo têm inteligência própria e são capazes de realizar cálculos envolvendo o grande volume de dados necessários para exibir cenas em jogos ricos em imagens ou para mover janelas, desenhar quadros e cursores nos sistemas operacionais com interface gráfica, como é o caso do Windows. Com as aceleradoras gráficas, essa carga de processamento foi retirada da CPU, que apenas passa à placa um comando pedindo que "se desenhe uma janela nas coordenadas x e y". A grande maioria das atuais placas gráficas são as chamadas "aceleradoras 3D", por serem capazes de processar as complexas animações gráficas dos jogos atuais, além de exibir vídeo.

Componentes da placa

As funções que uma aceleradora gráfica é capaz de realizar são determinadas por um processador interno da placa. O circuito lógico que controla e coordena essas é chamado de chip set. Os fabricantes de aceleradoras de vídeo costumam adotar uma de duas abordagens: desenvolvem o projeto completo da placa, incluindo o chip set, ou usam chip set de terceiros. Atualmente, os dois principais chip sets do mercado são os produzidos pela nVidia e pela ATI.

Outro componente importante da placa de vídeo é o frame buffer, memória usada para armazenar as informações sobre os pixels da tela. Tipicamente, com um monitor trabalhando na resolução de 1.600 por 1.200 pontos, a placa precisa de quase 6 MB de memória só para armazenar os dados sobre cores (3 bytes -vermelho, verde e azul - RGB - por pixel). Mas cada pixel pode ter associado até 32 bits de dados representando cor e intensidade.

Por questões de custo, alguns computadores têm integrada à placa-mãe a interface de vídeo, que usa parte da memória principal do computador para o frame buffer. A quantidade que é reservada à interface de vídeo é determinada no BIOS do computador e, com base nesse valor, fica definida a resolução máxima com que a placa pode operar. Essa tecnologia é chamada de "vídeo onboard" e fica devendo um bocado em termos de desempenho nos jogos 3D.

Os PC mais avançados possuem placas de vídeo independentes e com memória própria, que oferecem maior desempenho, melhor resolução e taxas mais altas de atualização de tela. Essas placas são equipadas com processadores de vídeo (GPU - Graphics Processor Unit) que trabalham a velocidades de até 500 MHz, no caso dos (caríssimos) modelos de ponta.

As placas do padrão AGP (Accelerated Graphics Port), além de possuir frame buffer, permitem que seu processador utilize também parte da memória principal do micro na realização de cálculos. Os métodos para definir as parcelas da memória de vídeo destinadas a cálculos e ao frame buffer variam de modelo para modelo.


 

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