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Placas
de vídeo: Como escolher o modelo mais adequado
Da Redação
Em São Paulo
Dado o impacto que tem sobre o desempenho geral do computador, é
necessário ter alguns cuidados durante a escolha do modelo da placa de vídeo.
Em primeiro lugar, deve-se ter em mente quais são as principais aplicações
do computador. Se você apenas usa processador de texto, planilha, correio
eletrônico e navega pela Web, a placa de vídeo realiza apenas as funções
mais básicas e não deve interferir significativamente na velocidade do PC.
Portanto, uma placa mãe com vídeo onboard dá perfeitamente conta do recado
e não é necessário gastar preciosos trocados em uma placa externa.
Já se você adora jogos repletos de imagem e ação, precisará, por exemplo,
de um modelo de placa que ofereça altas taxas de atualização da tela para
responder à demanda das animações. Além disso, o volume de memória nas
placas de vídeo, que começou nos escassos 4 MB, agora já chega a 64 MB e,
mais recentemente, a 128 MB e 256 MB. A vantagem dos 128 MB deve ser avaliada
com critério, pois nem todas as aplicações são capazes de se beneficiar
com tanta memória.
Muitas vezes, mais recomendado do que simplesmente olhar na quantidade de memória
de vídeo é conhecer qual o padrão usado. De 1998 até hoje, surgiram
diferenças tecnológicas de memória que foram exploradas pelos fabricantes,
da standard DRAM à MDRAM, cada uma com características próprias de freqüência,
largura de banda e preço. Atualmente, as placas de vídeo adotam a memória
DDR, que tem um atrativo extra por realizar transações de leitura e gravação
nos picos de alta e baixa de freqüência, praticamente dobrando o desempenho.
O chip set, considerado o cérebro da placa, reúne as principais funções e
recursos disponíveis e responde por grande parcela no desempenho geral de vídeo.
O tipo e a velocidade da memória de vídeo também desempenham um importante
papel - quanto mais rápida a memória, melhor o desempenho da placa. Além
disso, tecnologias mais avançadas de memória oferecem maior largura de banda
- a quantidade da memória que pode ser lida de uma só vez. Trata-se de um
importante fator na capacidade da placa de trabalhar em altas resoluções e
profundidade de cores, a taxas razoáveis de atualização da tela.
O desempenho geral do subsistema de vídeo está intrinsecamente ligado ao de
outros componentes do computador. A placa-mãe, memória principal, cache e
processador influenciam diretamente o desempenho da placa de vídeo que,
inclusive, pode variar de aplicação para aplicação. Alguns aplicativos
fazem uso maior dos recursos de aceleração da placa de vídeo; por outro
lado, outros se valem mais de trabalho externo à placa de vídeo e, por isso,
estão mais vulneráveis à CPU e à memória do PC para garantir um bom
desempenho.
O barramento que a placa de vídeo usa para se comunicar com os outros
componentes do PC também tem forte influência sobre o desempenho. Para
instalar uma nova placa, você deve encontrar um modelo que seja compatível
com o barramento existente na placa-mãe do seu PC.
PCI X AGP
A placa de vídeo exige um canal de comunicação com maior largura de banda.
Por isso, tem sido tradicionalmente um impulsionador da criação de
barramentos locais que reduzam o gargalo na transferência de dados com o
processador principal, como são o PCI e o AGP.
O PCI, desenvolvido pela Intel em 1993, substituiu o barramento ISA e é
amplamente usado nos computadores atuais. É uma via de dados separada de 32
bits que pode operar nas freqüências de 33 MHz ou 66 MHz, alcançando a
velocidade de 133 MB/s (megabytes por segundo) ou 266 MB/s, respectivamente.
Além do desempenho oferecido, sua adoção foi facilitada graças à sua
característica Plug and Play (PNP), que dispensa qualquer intervenção
manual na placa e permite que o próprio computador ajuste a configuração do
sistema.
Para responder à crescente demanda de desempenho por parte das aplicações e
ultrapassar a saturação dos barramentos PCI, foi criado em 1997 o padrão
AGP (Accelerated Graphics Port), um caminho rápido e dedicado entre a placa
de vídeo e processador principal do computador. Por interligar apenas esses
dois elementos, o AGP é considerado uma porta e não um barramento,
diferentemente do que acontece com o PCI.
O AGP resolveu um problema crítico das placas de vídeo: a disponibilidade de
memória tanto para manipular imagens da tela como para realizar cálculos
mais sofisticados. A memória usada em interfaces de vídeo é mais cara do
que os modelos nos computadores. Além disso, é limitada, ou seja, não pode
ser expandida na própria placa. O padrão AGP solucionou esses impasses
permitindo que a placa de vídeo compartilhe dinamicamente a memória
principal do computador para realizar cálculos, conforme a necessidade.
As placas-mãe, em geral, possuem um slot de expansão para placas de vídeo
AGP e um slot PCI a menos. A porta AGP, baseada em uma especificação PCI, é
uma via de dados de 32 bits que trabalha à freqüência de 66 MHz, alcançando
266 MB/s, com a vantagem de não ter que compartilhar a linha de comunicação
com outros componentes do PC. Também opera em modos mais rápidos 2X e 4X,
nas velocidades respectivas de 533 MB/s, 1.066 MB/s. Em 2000, a Intel anunciou
uma nova geração do padrão, o AGP 8X, capaz de alcançar a velocidade de 2
GB/s em sistemas Pentium 4.
(Sheila Zabeu)
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