Pesquisa
descobre como os peixes escolhem seus cardumes
The New York Times
Kenneth Chang
Daqui um mês, os alunos do último ano do colegial de
todos os Estados Unidos descobrirão se conseguiram entrar na
faculdade. Aqueles que forem felizardos o bastante para serem
aceitos em duas ou mais terão que escolher.
A decisão pode depender do lado acadêmico, do auxílio
financeiro ou dos esportes, mas para alguns estudantes o fator
mais importante será se adaptar.
Os peixes, é claro, também escolhem "escolas" (cardume
pode ser traduzido como "school"). E para um peixe, se
adaptar pode ser o mais importante. Se ele combinar com a maioria
dos outros em tamanho e comportamento, ele ganhará anonimato e
proteção de predadores. Mas como um peixe escolhe o cardume que
é a certo para ele?
Cientistas da Universidade de Leeds e da Universidade de Leicester,
na Inglaterra, realizaram experiências com três esgana-gatas que
forneceram indicações de suas decisões. A conclusão, publicada
na "Biology Letters", uma revista da Sociedade Real, é
que o peixe mede os peixes próximos, assim como o cardume em um
todo.
Os pesquisadores montaram um tanque experimental, expuseram um
peixe a dois cardumes pequenos, um de cada lado, e observaram a
qual ele se juntaria. Os cientistas descobriram que se os cardumes
consistiam de peixes de tamanhos diferentes, a cobaia escolhia o
cardume com a maioria de peixes de seu tamanho. Mas se dois outros
peixes fossem colocados entre a cobaia e os cardumes, então a
cobaia escolhia com base em qual peixe próximo combinava com seu
tamanho.
Desta forma, disseram os pesquisadores, o peixe usa tanto informação
local (o peixe próximo) quanto global (o cardume em um todo) para
avaliar e escolher um cardume.
Tradução: Paulo
Migliacci