Intel tira o gigahertz do nome de seus chips
 


Inspirada pelas montadoras de automóveis, a Intel vai chamar seus novos modelos de processadores por números, e eliminará as medidas de velocidade bruta dos nomes dos componentes. O anúncio foi feito na última sexta-feira pela maior fabricante mundial de chips.

A mudança rompe com décadas de tradição no marketing de chips, e surge em um momento em que a Intel está tentando incorporar mais recursos aos seus processadores, como segurança adicional.

A nova política, disse um analista, servirá para posicionar melhor o mais novo chip da Intel para notebooks, o Pentium M, que tem velocidade inferior à de outros processadores da empresa para computadores portáteis. Mas a nova estratégia de marketing também pode confundir os compradores, acostumados a tratar a velocidade do chip como o único indicador de desempenho.

"É confuso e vai ser preciso um grande esforço de educação da Intel e de seus clientes para que isso seja assimilado pelo mercado", afirma Nathan Brookwood, que dirige a Insight 64, uma empresa de pesquisa.

Os novos números de modelo da Intel darão a cada marca de processador da Intel um número de série. No caso dos chips para computadores de mesa, por exemplo, a série Celeron, mais barata, terá números na casa dos 300, a série Pentium 4, mais sofisticada, terá números na casa dos 500 e o Pentium 4 Extreme Edition terá números na casa dos 700.

Dentro de cada série, um número mais alto, 350 ante 330, por exemplo, representará maior disponibilidade de recursos no chip.

Embora a velocidade do chip não conste mais do nome do produto, a Intel não a eliminará da descrição do processador e informou que os fabricantes de computadores pessoais provavelmente não eliminarão as referências à velocidade em sua publicidade.

A AMD, rival da Intel, deixou de incorporar a velocidade ao nome de seus produtos dois anos e meio atrás, substituindo-a por outro número que, segundo a empresa, representa melhor o desempenho geral do chip.

Na época, a medida foi encarada como solução da AMD para a questão de ter chips oferecendo velocidades inferiores em relação aos produtos Intel.
 Reuters

 

 

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