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via rede elétrica poderia democratizar acesso
O alto preço das soluções disponíveis para banda larga, sejam elas DSL,
modem, wireless ou satélite, tem sido um dos principais entraves à
disseminação do uso da Internet no Brasil. Recente pesquisa da Frost&Sullivan,
empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, mostra
que apenas 14% dos domicílios brasileiros possuem computadores e somente
10% dessas máquinas têm acesso à Internet, sendo os usuários que
utilizam banda larga sua minoria.
Diante desse cenário,
uma opção viável seria o uso de soluções de transmissão de dados de
baixo custo, como as tecnologias PLC (Power Line Communication), DPL
(Digital Power Line) ou BPL (Broadband over Power Line) que utilizam a
rede de energia elétrica poderiam, em médio prazo, contribuir
significativamente para os projetos de inclusão digital.
As soluções atuais de
banda larga são caras para os padrões nacionais superando o poder de
compra de 60% da população. A capilaridade da estrutura de energia elétrica,
que chega a 95% dos lares brasileiros, deve impulsionar as ofertas de soluções
PLC, facilitando a disseminação dessa tecnologia no mercado, afirma Patrícia
Volpi Penteado, analista de pesquisa para América Latina da Frost&Sullivan.
Entre as vantagens
apresentadas pela tecnologia PLC, segundo a Frost&Sullivan,
destacam-se a quebra de paradigmas e o impacto social que sua utilização
pode provocar. Com o progressivo barateamento das soluções PLC, sua adoção
será cada vez maior e os investimentos futuros em comunicação de dados
poderão consolidar a convergência entre voz, vídeo e Internet. Isso
significa a interação entre pessoas e corporações em qualquer horário
ou local, com melhoria de produtividade e otimização de recursos,
observa Patrícia, acrescentando que algumas parcerias para acelerar o
desenvolvimento dessa tecnologia e dos dispositivos necessários já estão
em andamento e espera-se que o mercado de varejo contribua para a expansão
desse conceito.
Uma atitude para definir
um modelo de negócios ainda não foi tomada apesar das conversas já
realizadas entre operadoras de telecomunicações e companhias de energia.
Uma alternativa que utilize uma infra-estrutura já existente seria a
forma mais vantajosa para o governo oferecer serviços de telecomunicações
a áreas remotas do Brasil. Permitir o acesso de todos à informação é
a contribuição mais valiosa do governo para reduzir as diferenças
sociais, enfatiza a analista.
O PLC é uma alternativa
que merece estudo e já está disponível em alguns centros urbanos. No
Rio de Janeiro, a escola Adolph Bloch está utilizando solução PLC para
acessar a rede mundial de computadores. E, diante dos resultados
positivos, os planos agora são de expandir o uso a outras 1.929 unidades
de ensino do Estado. O projeto foi implantado pela Wiplug, fornecedora
latino-americana de soluções de acesso à rede, que também aposta na
disseminação da tecnologia PLC.
B2B Magazine
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