HP
faz recall de 900 mil notebooks
Emerson Rezende
A Hewlett-Packard lançou na última sexta-feira um programa de substituição
de módulos de memória defeituosos que têm causado crash (forçando
boot) ou travado notebooks. O defeito foi descoberto durante testes de
rotina que estavam sendo feitos na fábrica. A falha causa telas azuis - o
que indica um crash - e travamentos intermitentes.
Os fornecedores desses módulos
são diversos como a Infineon Technologies, Micron Technology, Samsung e
Winbond Electronics, segundo o Information Week. De acordo com um assessor
da HP, a empresa utilizou o componente defeituoso em 900 mil notebooks de
sua própria marca e da Compaq.
Segundo o e-week.com, os
modelos HP que estão cobertos pelo recall são: Compaq Evo Notebook
N610c, N610v, N620c, N800c, N800v, N800w, N1000c, e N1000v; Compaq
Presario 1500, 2800, x1000, e x1200; HP Compaq nx7000; e o HP Pavilion
zt3000.
O programa de substituição
de memórias falhas prevê o envio ao consumidor de um pequeno kit
contendo uma chave de fenda e um manual de instruções explicando como
substituir os módulos DRAM que podem ser de 128, 256 ou 512 MB. As memórias
defeituosas devem ser retornadas à HP por meio de um envelope que vem no
kit para assim o usuário poder receber as memórias novas.
Embora a HP tenha
classificado que o problema deva afetar toda a indústriade notebooks de
padrão PC, parece que ela é ainda a única a ter tomado uma atitude
efetiva, pelo menos em suas operações fora do Brasil. A princípio, a
solução que a empresa propõe se mostra um tanto quanto confusa, para
dizer no mínimo. O que aconteceria se algum consumidor não se sentir
seguro o suficiente para abrir seu notebook e retirar as memórias?
Além disso, para receber
um novo módulo de memórias, seria preciso enviar as que estão
instaladas, o que significa que o consumidor teria que arcar com o prejuízo
de ficar com uma máquina cara encostada em casa ou no escritório,
aguardando a chegada das peças novas. Essas dúvidas foram enviadas à
assessoria de imprensa da HP do Brasil. Porém, até o fechamento dessa
nota, ela ainda não se manifestou sobre o que pretende fazer para
resolver o problema por aqui.
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