Universidades
combatem cópia de trabalhos da Web
Os "trapaceiros" das universidades britânicas e seus
exasperados professores estão tentando superar uns aos outros por meio de
recursos cada vez mais sofisticados. Até 25% dos estudantes universitários
do Reino Unido recortam e colam material da Internet e o apresentam como
trabalho próprio, concluiu o primeiro estudo nacional sobre plágio.
Não que a prática
esteja confinada ao mundo acadêmico: antes da guerra do Iraque, trechos
de um famoso dossiê do governo justificando a invasão foram copiados do
trabalho de um estudante norte-americano, como se descobriu
posteriormente.
Agora, as universidades
prometeram endurecer no que tange às cópias e vão submeter cada
trabalho de seus estudantes a um software de detecção que o compara a
4,5 bilhões de páginas na Web, para produzir um relatório de
originalidade. Mas o software não apanhará o número crescente de
estudantes que encomendam trabalhos personalizados online.
Fiona Duggan, gerente do
Plagiarism Advisory Services, financiado pelo governo, diz o que plágio
se difundiu muito nos últimos anos. "Quando o acesso à Internet se
tornou generalizado, subitamente havia toda essa informação disponível,
e era preciso enfrentar a perspectiva de que os estudantes tivessem acesso
a informações que sequer sabíamos que existissem," disse ela à
Reuters.
"Antes, na maioria
dos casos o professor, por ser especialista na área temática, saberia
quais são as principais fontes, e em muitos casos talvez fosse autor de
livros de referência," acrescentou Duggan.
Centenas de bancos de
trabalhos escolares e sites de pesquisa online oferecem respostas prontas
e de boa qualidade para os exames públicos que os alunos britânicos
realizam aos 16 anos, 18 anos e quando da conclusão do curso superior.
Mas embora os professores
secundários, que acompanham os alunos mais de perto, tenham maior
probabilidade de localizar trabalhos suspeitos, o mesmo não se aplica aos
professores universitários, que têm muitos alunos e baixo contato
individual com eles.
Reuters
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