EUA apreendem PCs usados para distribuir conteúdo em redes P2P

da Folha Online

Além de lançar uma operação contra spammers e golpistas virtuais, autoridades dos Estados Unidos investiram contra internautas acusados de distribuir centenas de milhares de arquivos protegidos por direitos autorais --como filmes, músicas e programas-- por meio das redes de troca de arquivos (P2P, na sigla em inglês).

De acordo com o secretário de Justiça americano, John Ashcroft, agentes invadiram residências nos Estados do Texas, Nova York e Winsconsin na quarta-feira e apreenderam computadores usados para distribuir os arquivos.

As buscas marcam uma atitude bem mais firme do que a tomada nos últimos anos contra a cópia e distribuição de material protegido por direitos autorais por meio das redes de troca de arquivos.

Até agora, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos se preocupava apenas com a elite dos hackers, que também distribuem grandes quantidades de conteúdo pela rede mundial de computadores.

Nenhuma prisão foi feita, mas Ashcroft alertou que aqueles que baixam músicas, filmes e programas por meio das redes de troca de arquivos sem permissão podem ser presos. "Não é apropriado que nós apenas observemos esse roubo acontecer [sem fazer nada]", afirmou.

Direct Connect

Os usuários investigados trocavam músicas pelo programa Direct Connect. O programa funciona por meio de "hubs" (centros de distribuição), dedicados a um assunto específico. Há hubs de filmes, músicas, desenhos, quadrinhos, entre outros.

Para participar desses hubs, é necessário ter uma quantia mínima de arquivos --que pode variar de apenas 1 GB até 100 GB de conteúdo, o equivalente a até 250 mil músicas, segundo Ashcroft.

As ações promovidas pela Justiça norte-americana localizaram cinco hubs, que foram tirados do ar. Cada um deles tinha cerca de 40 petabytes de dados --espaço suficiente para armazenar 60 mil filmes ou 10,5 milhões de canções.

As gravadoras e os estúdios de Hollywood estão tentando evitar de todas as maneiras que seus produtos sejam distribuídos livremente pela internet.

Nesta quarta-feira, as gravadoras anunciaram que mais 744 internautas foram processados por baixar canções ilegalmente pelas redes de troca de arquivos. Até o momento, cerca de 4.700 usuários já foram processados.

Com Reuters

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