Japoneses criam chip com
capacidade de supercomputador
da Folha Online
Cientistas japoneses do Riken (Instituto de Pesquisa de Física e Química da
Universidade de Tóquio) anunciaram na terça-feira detalhes do MDGrape 3, um
processador que será usado para criar supercomputadores capazes de processar até
um petaflop de informações (um quatrilhão de operações) por segundo, bem
mais rápido que os 36 trilhões de operações alcançados pelos
supercomputadores de hoje.
Amostras do chip, que foi projetado para pesquisa de ciências biológicas,
podem executar 230 gigaflops (230 bilhões de operações por segundo), com
velocidade de 350 MHz, segundo Makoto Tanji, pesquisador da unidade de computação
de alto desempenho do Riken.
O supercomputador terá 6.144 processadores MDGrape 3 espalhados em 512 placas,
ligadas umas às outras. No total, o sistema será colocado em 32 gabinetes e
vai ocupar bem menos espaço que os supercomputadores atuais. "É bem
pequeno", disse Tanji, que afirmou que o supercomputador com o chip deve
começar a ser usado em 2007.
Muitas operações
Segundo ele, os chips podem executar tantas operações pois são projetados
para trabalhar com grandes quantidades de cálculos semelhantes ao mesmo tempo.
A quantidade de informações manipuladas pelos processadores, porém, é baixa,
quando comparada com a de outros supercomputadores.
Esse tipo de processamento é importante na área de biotecnlogia e
nanotecnologia, onde os pesquisadores precisam determinar como uma proteína
interage com milhares de moléculas diferentes.
Conseqüentemente, o processador e os computadores criados a partir desse chip não
podem ser comparados diretamente com os supercomputadores usados hoje em
diversos campos de pesquisa.
"Podemos obter um desempenho até cem vezes melhor pela especialização.
Mas o número de tarefas realizado pelo MDGrape 3 é mais limitado do que um
computador de uso geral", afirmou Tanji, ao site "CNET News.com"
(news.com.com).
A Universidade de Tóquio iniciou o projeto MDGrape há 15 anos para produzir
chips para pesquisa astrofísica. O novo MDGrape será usado para construir um
supercomputador que será usado no projeto Protein 3000, que vai determinar as
características de 3.000 proteínas diferentes.
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