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Japoneses
começam a levar dinheiro no celular
da BBC
Brasil
O Japão começa a dar adeus à carteira de bolso e se prepara para
a era da carteira virtual.
Compras de supermercado, aluguel de vídeo, reserva de lugares no
teatro e o pagamento da bebida no fim do dia podem ser feitos
com o celular.
Isso significa que as pessoas poderiam jogar no lixo todos os
cartões de plástico, que ficarão armazenados no chip do celular.
Edy é o nome do serviço que está liderando a investida nesse
mundo do "dinheiro celular" no Japão.
As pessoas já podem carregar o celular que tem os serviços do
Edy com créditos de até 50 mil ienes (US$ 250, cerca de R$ 570).
Máquina de leitura
"Estamos promovendo Edy em lugares onde seu uso é mais
conveniente do que o de dinheiro vivo", diz Usoke Oue, da
empresa bitWallet, que faz o Edy.
"Precisamos comunicar as vantagens aos consumidores, não apenas
a conveniência, como também o fato de que você pode ganhar
pontos."
É possível carregar crédito no celular de diversas maneiras,
incluindo a internet, que transfere recursos da conta bancária
ou do cartão de crédito para o chip do aparelho.
Para pagar as compras, basta pôr o celular na máquina de
leitura, que descobre quanto existe de crédito disponível e
deduz o valor gasto na operação.
O Edy ainda não tem grande penetração, mas já é aceito por 25
mil varejistas no Japão.
Impulso
Segundo Gerhard Fasol, da consultoria Euro Technology Japan, o
processo de integrar transações bancárias ao celular ainda
depende de muitos fatores.
"São necessários grandes investimentos e também é preciso que as
pessoas mudem seus hábitos. Isso tudo só acontecerá se houver
benefícios para todos", disse ele.
"Se apenas as operadoras de celular lucrarem, ou se só os bancos
lucrarem, ou se os bancos tiverem prejuízo e os consumidores
ganharem, não vai pegar. O que aconteceu no Japão é que grandes
nomes do setor encontraram uma fórmula em que todo mundo tem
vantagens."
Um grande impulso para a "carteira virtual" deve acontecer em
janeiro, quando a principal concorrente do Edy, a empresa Suica,
entra nesse segmento do mercado.
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