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Caos em SP
causa sobrecarga nas redes de telefonia celular
da Folha Online
O clima de apreensão frente aos ataques atribuídos ao PCC
(Primeiro Comando da Capital) gerou congestionamento nas
redes de telefonia celular em São Paulo. Por conta dessa
sobrecarga, diversos aparelhos não estão realizando nem
recebendo chamadas. As ligações feitas de telefones fixos
para celulares também estão sendo prejudicadas.
Até o fim da tarde desta segunda-feira, a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) ainda não havia recebido
alertas quanto a problemas no funcionamento das redes. De
acordo com a assessoria de imprensa do órgão, quando há
falhas no sistema as operadoras têm prazo de 48 horas para
enviar um relatório apontando as causas e as estratégias
adotadas para solucionar o problema.
A Atel (Associação das Empresas de Telefonia Celular)
confirmou o congestionamento nas redes, "similar aos
verificados nas festas de fim de ano", e negou boatos sobre
atentados a antenas das redes.
Bloqueadores
A respeito dos bloqueadores de sinais de telefonia móvel,
alvos de polêmica após o início das ações do PCC (que teriam
sido coordenadas de dentro de presídios com a utilização de
celulares), a Anatel esclareceu que a aquisição e instalação
dos sistemas não é de responsabilidade da agência nem das
operadoras.
No comunicado, a Anatel afirmou ainda que "a total eficácia
dos bloqueadores exige forte monitoramento das ações
relativas à sua operação, que pode interferir na qualidade
do serviço móvel fora dos limites das instalações
penitenciárias".
O PCC (Primeiro Comando da Capital) coordena, desde a última
sexta-feira (12), a maior onda de ataques a forças de
segurança do Estado de São Paulo --foram 180, conforme
balanço divulgado pelo governo estadual na tarde desta
segunda-feira. Os criminosos também queimaram ônibus,
atacaram agências bancárias e ainda promovem uma série de
rebeliões. O movimento é uma retaliação à decisão do governo
estadual de isolar lideranças da facção.
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