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Radicais
islâmicos mudam jogos e exibem EUA como vilões
da Folha Online
As desenvolvedoras de videogames se tornaram,
involuntariamente, parte de uma campanha de radicais
islâmicos que pretendem "difamar" os Estados Unidos. A
informação foi divulgada nesta quinta-feira por oficiais
norte-americanos.
Membros de grupos terroristas, como da rede Al Qaeda, fazem
alterações em jogos de guerra para que os soldados
norte-americanos apareçam como "homens maus". Por outro
lado, disseram funcionários do Departamento de Defesa, os
muçulmanos são mostrados como heróis.
Depois de modificados, estes games são colocados na internet
e ficam disponíveis para os usuários, sob a condição de eles
se registrarem. "Qualquer jogo será modificado para que
esteja de acordo com os ideais muçulmanos", afirmou Dan
Devlin, especialista em diplomacia do Departamento de
Defesa.
O "pano de fundo" para os games modificados segue um padrão.
Geralmente os EUA estão envolvidos em uma cruzada contra o
islamismo, para controlar as reservas de petróleo do Oriente
Médio. "Desta forma, cabe aos muçulmanos se protegerem
contra esta humilhação", descreve a agência de notícias
Reuters.
Entre os jogos "adaptados" está o popular Battlefield 2, da
Electronic Arts. "Milhões de pessoas criam mods [termo para
designar estas modificações] em todo o mundo. Não há como
controlar; é como o ato de desenhar um bigode sobre uma
foto", afirmou Jeff Brown, porta-voz da empresa.
A internet é uma importante ferramenta de difusão dos ideais
de radicais islâmicos. Recentemente, a Al Qaeda divulgou um
vídeo digital editado para que o presidente George W. Bush
repetisse a palavra 'cruzada' diversas vezes em seu
discurso. 'Esta cruzada... cruzada... cruzada vai durar
algum tempo', afirmava o líder norte-americano.
Controle
Nesta semana, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos
admitiu monitorar mais de 5.000 sites de radicais islâmicos.
Diariamente, funcionários desta organização selecionam de 25
a cem sites que mostram intensa atividade e concentram suas
atenções nestas páginas.
O time de especialistas conta com 25 lingüistas que, juntos,
conhecem todos os dialetos da língua árabe. Depois de
analisar o conteúdo dos sites extremistas, eles fazem
relatórios sobre os assuntos divulgados nestas páginas
--principalmente quando há manifestações agressivas.
Com agências internacionais
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