BRASÍLIA - As 55 mil escolas
públicas da área urbana, onde
estudam 80% dos alunos da rede
pública de todo o país, vão poder
contar, até o fim de 2010, com
internet de alta velocidade.
A infra-estrutura será feita por
empresas telefônicas, dentro de um
compromisso contratual de colaborar
com a universalização das
comunicações.
A medida foi anunciada hoje (20)
pelo ministro das Comunicações,
Hélio Costa, logo depois de encontro
com representantes das empresas.
Costa garantiu que, nos próximos
dias, serão acertados os detalhes
finais para garantir a implantação
do serviço.
Em entrevista coletiva, o
ministro falou que a isenção de
cobrança de 27% do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS),
aprovada pelo Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz) na
semana passada para os serviços de
banda larga via satélite, “foi uma
medida muito sensível e importante
para a inclusão digital nas
escolas”.
O ministro afirmou que sua pasta
vai investir R$ 30 milhões no
desenvolvimento da tecnologia WiMax
para expansão das comunicações sem
fio, como no caso do acesso à
internet via satélite.
A idéia, segundo ele, é “projetar
o país até 2010 como referência
mundial no desenvolvimento de
tecnologias wireless [internet sem
fio]”.
“O Brasil deve fazer uso
intensivo das tecnologias de acesso
sem fio em banda larga para
enfrentar o desafio da inclusão
digital e temos capacidade para
desenvolver um modelo nosso.”
Os recursos para o
desenvolvimento do projeto são do
Conselho Gestor do Fundo para o
Desenvolvimento Tecnológico de
Telecomunicações (Funttel), que
junto com a diretoria do Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES),
aprovaram no último dia 11 a
contratação de projeto para o
desenvolvimento do sistema WiMax.