Confira cinco "fiascos"
tecnológicos de 2007
Como um produto que vende muito pode
ser um fiasco? Esta é a pergunta que vem à cabeça ao ver a lista
abaixo. Os maiores fracassos costumam ser os mais alardeados, com
campanhas multimilionárias na mídia para lançar um produto que, por
uma razão ou outra, acaba não obtendo os resultados esperados.
As causas podem ser muitas: mercado não preparado para o produto,
produto mal desenhado, funções piores que as da concorrência, preço
muito alto e outras. A questão é que, como em tudo, há ganhadores e
perdedores. Confira a lista que apresentamos a seguir, com os
produtos que, consideramos, fizeram fiasco, e os motivos - sua visão
pode ser outra, claro. Então opine.
1. Microsoft Zune
O competidor direto do iPod, lançado pela Microsoft com a ajuda da
Toshiba, pretendia fazer sombra ao mais do que popular tocador da
Apple. Dotado de uma estética muito pior que a do produto da empresa
da maçã, apoiava suas esperanças em sua conectividade sem fio Wi-Fi.
Graças a ela, o aparelho era capaz de trocar arquivos com outros
Zune.
Mas era incapaz de se conectar à Internet ou navegar por páginas
web. Uma vantagem transformada em perda. Para que comprar um tocador
que pode se comunicar com outros iguais, se não se conhece ninguém
que tenha um? A intenção da Microsoft foi boa, mas - a Creative à
parte - poucos se atreveram a competir com a Apple e saíram bem da
parada.
2. iPhone
Como, o iPhone um fiasco? Mas ele vendeu como água. Sim, e
provavelmente quando chegar ao Brasil será um sucesso também.
Entretanto, não é um bom celular. Se você puder experimentar, verá
suas limitações (que são muitas) e pensará que é melhor esperar pelo
iPhone 2.0 - e fará certo.
O iPhone é um grande, enorme avanço no que diz respeito à
interface táctil, com uma navegação fluida, divertida, rápida, um
bom navegador de Internet, e um genial reprodutor multimídia. Ou
seja, é um iPod Touch com celular.
E tudo que é bom no iPhone, encontramos no tocador iPod Touch com
preço (tamanho e peso, também) que é aproximadamente a metade do que
custa seu irmão "falante", cujas funções de celular são, no mínimo,
passíveis de melhoria.
3. Sony Playstation 3
Para a Sony, o PS3 está saindo muito, muito caro. Com as baixas
sucessivas no preço (especialmente nos Estados Unidos), a batalha
entre Blu-ray e HD DVD e poucos jogos que utilizem toda sua potência
(que é muita, muita mesmo), o PlayStation 3 poderá seguir o destino
de outros consoles muito avançados para o seu tempo.
O problema é um só: o preço. Sendo o console mais caro do
mercado, e necessitando de uma tela preparada para receber vídeos de
alta definição (Full HD) para se apreciar corretamente as enormes
capacidades gráficas do console, o PS3 viu suas previsões de venda
sendo cortadas semestre a semestre.
Parte da culpa é do fenômeno Nintendo Wii, que parece destinado a
acabar uma vez passada a novidade, e o fato de que existe outro
console (Xbox 360) que, quase pela metade do preço, oferece uma
qualidade suficiente para o jogador médio, apesar de suas limitações
(como não contar com um leitor HD DVD).
A Sony está longe de jogar a toalha, e futuras baixas de preço e
a implantação de telas Full HD, junto com novas funções para o
console (como a de sintonizador e gravador de TV digital terrestre),
farão sem dúvida com que o PS3 suba ao posto mais alto do pódio dos
consoles de nova geração. Mas a um preço astronômico para a Sony.
4. UMPC e Tablet PC
Estavam destinados a serem os substitutos dos portáteis em muitos
âmbitos, buscando a portabilidade dos smartphones mas com a potência
e a compatibilidade dos computadores portáteis. Entretanto, tanto os
UMPC (Ultra Mobile Portable Computer) como os Tablet PC foram
ignorados pelos compradores.
Como se costuma dizer, os híbridos têm um problema: em vez de
ficarem com o que há de bom nos dois formatos que querem juntar,
ficam com o que há de ruim. Assim, estes aparelhos sofrem com falta
de potência, de autonomia e têm uma ergonomia bastante questionável.
E no futuro? À medida que as baterias fiquem menores, mais
rápidas e ofereçam maior autonomia, certamente veremos portáteis
mais velozes e menores, mas teremos que esperar mais um pouco.
5. Windows Vista
Diz-se do novo sistema operacional da Microsoft o que sempre é dito
a cada novo SO da empresa de Bill Gates. "Melhor não comprá-lo até
que chegue o primeiro Service Pack, ou o segundo." O certo é que se
tem falado muito mal do Vista mas quase ninguém lembra que o XP
recebeu as mesmas acusações quando chegou ao mercado.
O problema é que o Vista prometia ser infalível, mas erros graves
sem solução, mais ênfase nos "enfeites" do que no funcionamento do
sistema operacional em si e um preço bastante alto fazem com que ele
figure nesta lista de fiascos.
Que o Vista incorpore uma opção para "voltar ao sistema
operacional anterior" já não anuncia nada de bom. É de se esperar,
portanto, o primeiro Service Pach para averiguar "a verdadeira
magnitude da tragédia".
Terra Espanha
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