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Braço mecânico ganha prêmio
de robô do ano
Um braço mecânico que pode agarrar 120
itens por minuto de uma esteira ganhou o prêmio de Robô do Ano, no
Japão, nesta quinta-feira. Ele derrotou vários concorrentes mais
chamativos: um humanóide que caminha e um torso transparente para
simulação de cirurgias, por exemplo, também estavam entre os
finalistas.
O prêmio dado pelo governo japonês é o mais recente esforço em
uma campanha agressivo para impulsionar a tecnologia de robôs como
uma ferramenta para o crescimento. A premiação, agora em seu segundo
ano, tem a clara mensagem de que utilidade e negócios, em vez de
entretenimento e ensino, são as prioridades. No ano passado, um
robô-aspirador venceu.
Os competidores variavam de partes e peças de Lego, da série
Mindstorms, ou um robô industrial da Fuji - que fabrica os carros
Subaru - até um contêiner de rodas que pode carregar 200 quilos de
produtos farmacêuticos.
Os três braços da linha de montagem mecânica da Fanuc - o
vencedor - se distinguiram por sua praticidade. Eles já são
utilizados em fábricas de comida e farmacêuticos, onde higiene é uma
questão crítica e o erro humano pode ser desastroso, disse Ryo
Nihei, gerente da Fanuc.
Mexendo-se freneticamente, eles analisam imagens digitais de
itens espalhados randomicamente em uma esteira que se movimenta e
pegam as peças utilizando um sistema de sucção por ar, que entra e
sai pelas pontas. Os braços trabalham para colocar os itens em
fileiras dentro de caixas.
As preocupações sobre segurança em alimentos têm crescido depois
de escândalos com rótulos falsos e ingredientes vencidos e uso de
substitutos. Sem fios expostos, os robôs Fanuc são fáceis de lavar e
higienizar, disse Nihei, além de trabalharem 24 horas corridas. E
também não se queixam do seviço. "A tendência hoje é tentar evitar
humanos. Pessoas podem se sujar e introduzir objetos impróprios",
disse.
Outros finalistas
O robô cirurgião, chamado Eve, é vendido por US$ 2,2 mil. "Fizemos o
robô com um preço baixo para que muitas pessoas pudessem tirar
vantagem da invenção", disse Seiichi Ikeda, que lidera o trabalho
apoiado por uma universidade, para criar uma ferramenta que treina
médicos para cirurgias.
O humanóide de 60 centímetros que usa capacete, da Fujitsu,
chamou muita atenção este ano, passeando e dançando tai chi chuan. O
robô de US$ 53 mil, vendido à NASA e à Universidade de Hamburgo,
além de outras entidades, serve para auxiliar na pesquisa de
inteligência artificial, disse Yuichi Murase, da Fujitsu.
A Komatsu mostrou um robô-extintor, que é construído como um
tanque e que pode ser controlado remotamente, para aproximar-se de
locais perigosos e lançar 1,3 mil galões de água a uma distância de
até 110 metros.
AP
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