HONOLULU – Casos sugerem que milhões
de informações públicas em forma de
e-mail podem estar sendo apagadas
sem que qualquer pessoas fora do
governo tenha acesso a elas.
No Havaí, a governadora Linda
Lingle permitiu que e-mails trocados
pelos seus principais funcionários
fossem excluídos. Na Carolina do
Norte, a administração do governador
Mike Easley exigiu que funcionários
públicos deletassem as mensagens que
haviam trocado com o escritório do
governador. E, no Missouri,
processos afirmam que o gabinete do
governador Matt Blunt ordenou que
e-mails fossem apagados e fitas de
backup fossem destruídas.
“Não estamos afirmando que algo ruim
está por trás disso”, disse Kevin
Joerling, da Associação de Gerentes
de Registro e Administradores. “O
fato é que eles não percebem a
importância do armazenamento dos
e-mails”, ele explicou.
William Tolson, diretor da
empresa californiana Mimosa Systems,
que vende softwares para
arquivamento de e-mails, disse que
os governos têm condições plenas de
manter os e-mails arquivados. “Se as
empresas fazem isso, por que o
governo não conseguiria?”, questiona
Tolson.
Segundo Joerling, se os gabinetes
retiverem todos os e-mails, sem
filtrar aqueles que são realmente
registros do governo, eles podem ter
dificuldades quando precisarem
encontrar informações específicas.
“Seria como tentar achar uma agulha
no palheiro”, disse.
Outras pessoas, como por exemplo
a senadora do Havaí, Les Lhara,
acreditam que é melhor correr o
risco de armazenar dados demais do
que de perder documentos
importantes, e que com a tecnologia
é possível arquivar virtualmente o
que for preciso.